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A população masculina do Brasil é tão ou mais machista que as da Índia e da China

Por: Luiz Carlos Prates

04/04/2017 - 08:04 - Atualizada em: 04/04/2017 - 16:00

Os depoimentos eram de arrepiar, mas antes de falar deles, deixe-me dar algumas voltas, dizer, por exemplo que se eu ganhasse por centavos pelas vezes de que já fiz uso desse título aí de cima, estaria rico. Mas não há como evitá-lo, as coisas vão e vem…

Acabei de desligar a televisão furioso, o que não me é raro. No canal Futura passou um documentário sobre a Índia. A Índia é territorialmente imensa, de solo e subsolo riquíssimos, a Índia tem população para abastecer o mundo e potencialidades para não depender de ninguém, mas…

Sempre há um mas… Há as divisões por classes na Índia. Lá como cá, a mesma coisa. Só que por lá as distinções são abertas, aqui são dissimuladas, mas não diferem. E não adianta alguém bater o pezinho para dizer que aqui é diferente… Ocorre, e aqui uma grande diferença, se um pobretão no Brasil ganhar sozinho na loteria ele pula de classe, vai lá para cima, passa a ser “doutor” ainda que não saiba ler… Aqui, um dinheiro achado no lixo transforma um traste em autoridade admirável… Cruzes!

Houve um momento nesse documentário a que acabei de assistir que me deixou furioso: O “oficial” desdém às mulheres, mulher na Índia é vista como ser menor. E aqui não é o mesmo? Alguns parvos dizem que não, mas as verdadeiras Mulheres sabem que sim…

Nesse documentário, foi contada a história de uma jovem mulher considerada “estonteada”, louca. Uma errante, diziam familiares e vizinhos. Essa mulher costumava sair de casa sem rumo e vagar pelas ruas…

Uma das razões dessas suas saídas sem rumo era por ser estuprada “naturalmente” pelo sogro. Coisa “natural”, só a louca reclamava… Pode isso? Pode. Nas periferias da Índia (só nas periferias?) as mulheres são objeto e não podem erguer a voz, elas não têm voz. Há muito disso na China e muitíssimo por aqui, no Brasil religioso, democrata, alegre, carnavalesco, justo, país de gente boa mesmo… Na aparência.

Se as meninas não forem educadas severamente, militarmente por seus pais para que cresçam cidadãs e não apenas “mulheres”, nunca serão Mulheres. A população masculina do Brasil é tão ou mais machista que as da Índia e da China, duas pragas…

– Guria, jamais, sob qualquer pretexto, baixes os olhos para um ordinário que se diga homem e te dite ordens. É mandá-lo pastar na hora. Certo? Não quero crer que perco meu tempo te dizendo isso, não quero.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.