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A língua é tudo

Por: Luiz Carlos Prates

12/04/2016 - 04:04

Se alguém me pedir orientação sobre leitura, sem pormenores, vou logo recomendar que leia um bom livro sobre vendas. Sobre vendas? Sim, senhora, sobre vendas. As vendas envolvem o melhor da psicologia do cotidiano. Estou relendo, não sei por quantas vezes, um livro de edição peruana, título: – “Secretos para las Ventas”, nem vou traduzir o título, tão ridículo seria…

Lá pelas tantas, lê-se no livro que – “…Deves ter sempre presente que a linguagem é o teu melhor aliado”, claro, frase devidamente traduzida do espanhol para o português. E será que alguém discute essa afirmação?

Imagine um médico falando errado… E falam e escrevem mal, quase regra geral. E assim com incontáveis advogados, eles que têm no idioma um instrumento que na cirurgia médica seria o bisturi… Vendedores são “comunicadores”, são persuasores, são representantes de produtos e marcas, são, enfim, pessoas que quando abrem a boca devem provocar atenção, curiosidade, interesse… Daí que cuidar do idioma é tão importante quanto escovar os dentes.

E no casamento, qual o valor da fala? No casamento, a fala é mais importante que o sexo. Uma palavra dita de modo dúbio, atravessada, antes de os “pombinhos” irem para a cama pode pôr tudo a perder, e põe… A qualquer momento, uma frase com névoas ou dúbia pode levar à briga e ao divórcio mais tarde… Sem precisar lembrar que nenhuma briga começa sem uma palavra ou outra. As brigas se alicerçam sobre frases, acusações, insinuações, tons… Tudo.

Uma criança se torna agradável, adorável mesmo, quando demonstra educação, quando sabe agradecer, pedir licença, desculpas, permissões, tudo, ainda que criança ela será “adulta” no melhor sentido se tiver sido, claro, educada pelos pais. E pais que desejam o melhor para os filhos sabem que educá-los no falar com qualidade é encaminhá-los para um belo futuro. Afinal, já não repeti aqui incontáveis vezes que – Fala, se queres que te conheça? Dito isso, será preciso dizer algo a mais sobre políticos estúpidos, populistas, sem eira nem beira que vociferam palavrões e se revelam de alto a baixo nas suas expressões rasteiras e caráter de lata de lixo? Se em quem você está pensando é quem pode ser, acertou… Foi isso o que eu quis dizer… Lixos humanos que se revelam pela língua, se elegem e, o que é pior, se tornam líderes de gente por igual. Certo? Será que fui claro?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.