Novo Decreto Covid-19: suspensão de limitações não significa flexibilização

Por: Editorial

16/07/2021 - 06:07 - Atualizada em: 16/07/2021 - 08:16

A pandemia do novo coronavírus já vitimou mais de 4 milhões de pessoas no mundo. Os números no Brasil, situam-se na casa dos 540 mil. Santa Catarina registra mais de 17,5 mil óbitos, e Jaraguá do Sul se aproxima de 390 mortes pela Covid-19.

No entanto, de forma geral, o cenário mostra-se, felizmente, positivo. O quadro epidemiológico de Santa Catarina, vem demonstrando desaceleração nas curvas estatísticas. Este alento, permitiu ao Governo do Estado editar, nesta quarta-feira (14), um novo Decreto que prevê o fim do fechamento antecipado de atividades econômicas e o retorno do trabalho presencial dos servidores públicos estaduais que ainda estiverem em home office.

A medida passou a valer a partir desta quinta-feira (15). Importante destacar, entretanto, que o texto do Decreto também estabelece a vacinação como medida principal de enfrentamento da pandemia. Isso transfere significativa carga de responsabilidade para a população, notadamente, para a parcela que se nega vacinar, bem como, para a que desiste da segunda dose.

Se faz oportuno alertar, outrossim, que o teor desse novo Decreto não significa flexibilização, tampouco, redução das medidas de proteção. Mesmo que o processo de vacinação esteja avançando, a população não poderá se deixar trair pela equivocada sensação de que o risco esteja reduzindo. Isso explica o motivo de se manter vigorando o estado de calamidade.

É preciso considerar que o vírus continua circulando no meio social, naturalmente até mais resistente, e só será erradicado com a massificação da vacina. Portanto, defendemos que os cuidados protocolares, devem continuar sendo respeitados e cumpridos, até que a cobertura da imunização atinja um nível consistente.

Além de ser uma atitude cidadã, esta é a condição para que a vida, o trabalho e os negócios possam seguir seus cursos.