Quando o tema é segurança no trânsito, importa lembrar que no processo de desenvolvimento, a urbanização nos impôs a pressa, e esta, a velocidade de locomoção. Com isso, a massificação dos veículos, cada vez mais velozes, gerou uma poderosa máquina de matar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes de trânsito representam a 3ª causa de mortes no mundo. O Brasil é o 5º país que mais mata no trânsito. Embora nossa cidade se classifique, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre as 20 cidades com mais de 100 mil habitantes do país, menos violentas no trânsito, isso não significa que nossa estatística seja branda ou exemplar.
Sempre precisamos melhorar, pois registramos acidentes diariamente. Infelizmente, a atitude e cuidado por parte dos condutores, não garantem segurança. Está provado que sem a enérgica fiscalização e aplicação das leis reguladoras e punidoras, não há como conquistar bons indicadores de segurança.
As pessoas tendem a considerar o acidente de trânsito como sendo uma fatalidade, o que é uma visão equivocada. Estudos e pesquisas dos órgãos de segurança pública, dão conta de que “um acidente é resultado de uma situação de risco proveniente de um ou mais fatores contribuintes”. Esses fatores adversos, segundo esses estudos, “são relacionados à via e/ou meio ambiente, aos veículos e, principalmente, ao próprio comportamento das pessoas, o chamado fator humano”.
Temos, então, a falta de atenção como a principal causa, seguida pela desobediência à sinalização e pela direção sob o efeito de álcool. Atenta a essa realidade, a Diretoria de Trânsito de Jaraguá do Sul, instalou novos radares de velocidade que passarão a notificar os veículos que circularem acima dos 60 km/h.
Entretanto, além dos controladores, o trânsito requer humanização. A paz que se almeja no trânsito, requer um “pisar no freio” comportamental por parte de todos: condutores, pedestres, ciclistas e passageiros.
