Por Nelson Luiz Pereira – conselheiro editorial do OCP
Nunca tivemos tanta convicção de que manter a vida pulsando é a conquista que realmente faz todo o sentido. E o combustível vital para isso é o sangue fluindo em nossas veias. Quem não conhece uma história envolvendo alguém que tenha se beneficiado do ato solidário de doação de sangue?
Oportuno salientar que a doação de sangue, em nosso país, é 100% voluntária e, segundo pesquisas, é praticada por 1,8% a 2,0% da população. Um índice baixo, se considerarmos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, entre 3,5% e 5% dos habitantes de um país, doe sangue.
São diversas as razões que impedem atingirmos o índice ideal de doação. Se já conhecíamos fatores corriqueiros como: falta de informação da população conjugada com a falta de conscientização, agora soma-se o fechamento temporário do Hemosc de Jaraguá do Sul (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina) desde o dia 6 de abril. Felizmente reabrirá na próxima segunda-feira (11).
Mas, o momento se faz oportuno para desconstrução de alguns preconceitos e crenças infundadas, relacionadas ao ato da doação: “doar sangue corre-se risco de contaminação”; “o sangue poderá afinar ou engrossar”; “o organismo não recuperará a quantidade doada” “doar sangue emagrece”; doar sangue engorda”…Há que se desconstruir, também, atitudes descabidas, como: “doar para certificar-se de alguma doença”; ou, “para obter um dia de licença remunerada”; ou ainda, “como opção de horas complementares de currículo escolar”…
Há uma legião de potenciais doadores escondidos atrás dessas crendices e atitudes levianas. Hematologistas estimam que cada doador pode salvar até quatro vidas. Portanto, doar sangue é doar vida. ‘É para quem tem sangue nas veias’.
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