Por Nelson Luiz Pereira_conselheiro editorial do OCP
Sob a égide da Constituição Federal, o poder bicameral, representado pelo Congresso Nacional, elegerá, na segunda-feira (1º), os presidentes da Câmara e do Senado, para o biênio legislativo de 2021-2022.
O povo brasileiro testemunhará um exercício político regimental da democracia, esta que levou centenas de anos para ser desenvolvida e implementada.
Em essência, estará em jogo, pelos próximos dois anos, a representatividade e o futuro moral de nossa Nação. As eleições dessas duas casas legislativas, acontecerão num dos momentos mais turbulentos de nossa história, marcado por uma crise pandêmica, política, econômica e social.
Paralelamente, este também é um momento oportuno para uma reflexão acerca da nossa jovem democracia, enquanto conceito imperfeito, mas, o melhor entre todos os regimes já experimentados. A pluralidade e falta de unidade social fazem da democracia uma experiência complexa e conturbada.
Caberá aos eleitos da Câmara e do Senado, garantir que essas casas legislativas cumpram com a missão de defender um Estado Democrático de Direito, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, como bem apregoa nossa Carta Magna.
Sendo assim, fundamentado no princípio de que democracia é uma construção coletiva, espera-se que os eleitores parlamentares, exerçam suas escolhas com senso republicano, visando o bem do Brasil. Por fim, caberá ao povo acompanhar e cobrar as ações e atitudes dos representantes, já que qualidade da democracia é um reflexo da qualidade do povo.
