Por Nelson Luiz Pereira – conselheiro editorial do OCP
É inegável o dramático impacto que a pandemia do coronavírus provocou em nossa natureza cotidiana. Somos, por essência, seres gregários e, portanto, não nascemos para viver isolados. Os efeitos gerados por nossa momentânea condição, são os mais variados. Estamos, sobretudo, sofrendo um estresse coletivo sem precedentes, e todo estresse pede uma válvula de escape.
A realidade tem nos revelado a ação de uma preocupante vilã associada à pandemia. Trata-se da bebida alcoólica que, segundo pesquisas mundiais, tem apresentado importante crescimento no consumo, a partir da adoção do isolamento social.
Segundo especialistas o momento de incertezas aciona um gatilho contra a ansiedade, com reação peculiar de cada pessoa. Para um contingente, o mundo, mesmo redimensionado a quatro paredes, se tornou maior em possibilidades e descobertas, fazendo com que a pessoa se sinta desafiada, instigada e até remodelada. Para outro, entretanto, o mundo literalmente encolheu, levando com que a pessoa se sinta enclausurada, bloqueada, imobilizada e sem expectativas.
Essas, em tese, são as que tem alavancado o índice de consumo de bebida alcoólica, como forma de maquiar a situação. Tal constatação, fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendasse aos governos, campanhas de redução de venda de álcool enquanto persistir o isolamento.
Não se pode ignorar que o consumo desmedido, compromete o sistema imunológico deixando a pessoa mais vulnerável a contrair o Covid-19, além das consequências correlatas, como a violência doméstica, cujo indicador não podemos nos orgulhar. Por isso, o momento requer que não cuidemos tão somente da saúde física e dos negócios, mas, notadamente, da saúde mental.
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