Por Nelson Luiz Pereira – conselheiro editorial do OCP
Mesmo considerando as contingências de toda ordem, a verdade é que não há como transformar uma nação, sem que tudo passe pelo principal “duto” chamado Educação. Se já era difícil, agora, em meio a pandemia, tornou-se substancialmente desafiadora a missão de educar.
Se não bastasse o angustiante isolamento social a que estamos submetidos, é preciso ter em vista, ainda, que a época de escola em que os pais cobravam nota dos filhos, infelizmente já foi.
Hoje cobra-se nota dos professores. Se a função do professor, era professar conhecimento, agora passou a ser mediar conflitos. Se ontem lhe cabia a autoridade natural, hoje lhe é imposta a obediência serviçal mercantilista. Se antes o professor reprovava por indisciplina ou falta de rendimento, atualmente significa não atender o cliente.
A junção desses fatores tem mostrado para a nossa sociedade, que educar não é, por essência, uma profissão, mas, uma missão. Então, o momento nos faz refletir sobre o que move um “Professor por vocação” num país onde a missão mais importante sempre foi a menos reconhecida.
Bem sabem esses “malucos sonhadores” o quão desafiador se torna o processo de ensino aprendizagem subtraindo-se o presencial. Entretanto, se de todo o caos brotam aprendizados, essa pandemia tem tornado todos os pais um professor coadjuvante.
Certamente essa experiência colaborativa ajudará a desconstruir um paradoxo desalentador em nossa sociedade, assim identificado: dificilmente alguém desconsideraria a importância da Educação e do bom Professor. No entanto, ainda é raro alguém recomendar essa carreira aos filhos.
Nossa admiração e respeito aos professores que, independentemente das circunstâncias adversas, não desistem de transformar a sociedade por meio da educação.
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