“Você sabe diferenciar produtos light e diet?”

Foto Arquivo Pexels

Por: Caroline Pappiani

10/06/2019 - 16:06 - Atualizada em: 10/06/2019 - 17:30

Você sabe a diferença entre os produtos alimentícios diet e light? Sabe o motivo pelo qual eles são comercializados?

Um produto diet é aquele isento de algum ingrediente, nutriente ou substância, por exemplo: sódio, açúcar, colesterol, glúten e lactose. Hoje em dia, ele também é chamado de “zero”. Estes produtos foram desenvolvidos para atender grupos específicos, como indivíduos com diabetes, hipertensão, doença celíaca, intolerância à lactose, entre outras doenças, alergias e/ou intolerâncias.

Por sua vez, um produto light é aquele que apresenta redução parcial (mínima de 25%) de determinado ingrediente, nutriente, substância ou calorias, quando comparado com a sua versão convencional. Ao contrário dos produtos diet, os produtos light não foram desenvolvidos para atender às necessidades nutricionais de um grupo específico. Em inglês, light significa “leve” e por isso esses produtos surgiram com o propósito de uma linha mais “saudável”.

Nem sempre eles ajudam a emagrecer

Vale lembrar que nem sempre a isenção de algum nutriente significa redução de calorias ou torna aquele produto melhor e mais saudável. Com a retirada de um ingrediente, existem mudanças na textura, cor e sabor do produto, sendo necessário aumentar a quantidade de algo para compensar.

Um chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar, mas apresenta mais gordura em sua composição do que um chocolate tradicional. Para que o produto possa ser comercializado isento de açúcar e com o mesmo peso de embalagem, algum nutriente precisa substituí-lo. Neste caso, ocorre a adição da gordura. Por isso, fique atento aos rótulos, tabela nutricional e lista de ingredientes desses produtos!

É correto afirmar que os produtos diet e light emagrecem, não é? Errado. Entre os dois, o produto light seria mais indicado para dietas de emagrecimento, por geralmente apresentar redução de calorias. No entanto, esses produtos não devem ser consumidos em excesso, muito menos substituir um alimento natural, visto que são industrializados.

Não caia em pegadinhas

É necessária uma dieta equilibrada e saudável, aliada à prática de exercícios físicos. Não caia nas pegadinhas da indústria de alimentos. Uma embalagem bonita, colorida e com propaganda de celebridades não significa que aquele produto trará benefícios para a sua saúde. Muitos desses produtos estão repletos de aromatizantes, corantes, adoçantes, emulsificantes, estabilizantes, conservantes, entre outros aditivos químicos.

No caso do surgimento de alguma dúvida específica, pergunte a um nutricionista que tem competências e habilidades relacionadas à formulação e composição desses produtos. Além disso, compare produtos de marcas diferentes e procure consumir aqueles comercializados por indústrias de confiança e que também se preocupem com seus consumidores.

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Caroline Pappiani

Graduada em Nutrição pela Universidade Regional de Blumenau. Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo. Possui doutorado sanduíche na Universidade de Umeå, na Suécia. Atua como professora da Faculdade Metropolitana de Blumenau e nutricionista na Sportmed.