“Busca por padrões estéticos impostos pela sociedade pode levar a distúrbios alimentares”

Por: Caroline Pappiani

07/06/2020 - 19:06 - Atualizada em: 07/06/2020 - 19:39

O post de hoje não é direcionado a nenhum alimento ou nutriente específico, mas aborda um tema importante e pouco discutido em uma roda de conversa. A imagem corporal é como uma representação que criamos na nossa mente em relação ao nosso corpo. Ela influencia suas atitudes, podendo interferir desde a escolha das suas roupas, até mesmo na habilidade de identificar-se com as emoções dos outros.

A percepção da imagem corporal é a capacidade com a qual julgamos o tamanho, a forma e os diferentes parâmetros do nosso corpo. Ou seja, uma pessoa com boa percepção da sua imagem corporal seria aquela que julga seu corpo o mais próximo do real.

Essa percepção pode ser influenciada pelos sentimentos, pensamentos e as atitudes que tomamos em relação ao nosso corpo. Frente a isso, os padrões de beleza que a sociedade impõe acabam sendo outro fator influenciador na (in)satisfação com a nossa imagem corporal.

Em decorrência disso, problemas como os transtornos alimentares podem surgir e atingir, principalmente, adolescentes e jovens (em sua maioria, mulheres), levando a consequências na saúde física e mental.

Você já parou para observar que a busca pelo emagrecimento é sempre considerada positiva e dá a ideia de sucesso? Enquanto o termo engordar sempre está relacionado a imagens que demonstram preguiça, sedentarismo e hábitos alimentares ruins?

É claro que a obesidade é um grave problema de saúde pública. Mas, o ponto de vista observado nesse post é que nem todas as pessoas consideradas magras estão saudáveis, ou seja, a magreza nem sempre é sinônimo de saúde. Além disso, nem todas as pessoas julgadas como gordas apresentam risco de doenças ou estão sedentárias e com uma alimentação pouco saudável.

Tome cuidado com estereótipos

A sociedade, a mídia, o ciclo de amizade e até mesmo os familiares podem contribuir para criar um estereótipo incorreto relacionado à perda ou ganho de peso. E muitas vezes acreditando que o emagrecimento seja uma motivação para melhorar a saúde da pessoa.

Outro aspecto importante para ser observado é que, geralmente, esse tipo de coisa é direcionado às mulheres. Infelizmente, a mulher ainda é vista como alguém que deve servir e satisfazer, cuidar da casa e dos filhos, e realizar tarefas domésticas. E o corpo ideal almejado e utilizado pela publicidade acaba sendo o da “mulher violão”: magra, com seios grandes, cintura fina e pernas torneadas.

Como consequência, esse padrão inatingível torna muitas mulheres frustradas, culpadas, perturbadas, ansiosas, tristes e com baixa autoestima. Esse sofrimento pode levar à distorção e insatisfação da imagem corporal, ocasionando transtornos alimentares e/ou depressão.

Precisamos conversar, discutir e refletir sobre os assuntos relacionados ao controle do peso. Preste atenção nas pessoas que estão ao seu redor, pergunte se estão felizes, fique atento e perceba os sinais transpassados pelas palavras e emoções.

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