Está em tramitação na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, Projeto de Lei que prestará homenagem ao empresário que marcou história em Jaraguá do Sul.
O projeto sugere que seja dado o nome de Ponte da Contemplação Eggon João da Silva à passagem em construção no Centro de Jaraguá do Sul e que será mais um ponto turístico do município.
Sugerido pelo prefeito Antídio Lunelli (MDB) ao vereador Onésimo Sell, o projeto de lei foi apresentado no fim de janeiro à Câmara por Sell e conta com assinatura também dos vereadores emedebistas Luís Fernando Almeida e Osmair Gadotti.
Segundo o vereador Onésimo Sell, a nomeação da ponte é para homenagear o empresário Eggon João da Silva pelos relevantes trabalhos prestados para a comunidade.
Mais sobre a Ponte
O projeto da chamada Ponte da Contemplação que deve levar o nome de Eggon João da Silva, prevê a construção de uma passagem no pilar que sustentava a antiga Ponte Abdon Batista, no Centro de Jaraguá do Sul.
A ponte em estrutura metálica estaiada, com largura de 4 metros e comprimento de 70 metros ligará a Rua Hugo Braun, no Centro, com a Max Wilhelm, na Vila Baependi. Em novembro do ano passado, após a licitação, foi dado início à obra.
A expectativa é que a ponte fique pronta em cerca de 10 meses. O investimento total é de aproximadamente R$ 9 milhões.
Foto: Divulgação
Quem foi Eggon João da Silva
Administrador autodidata, com visão de longo prazo e extrema capacidade de planejamento estratégico, Eggon João da Silva deixou um legado na indústria brasileira e mundial, contribuindo para criar uma cultura empresarial forte, cunhada na valorização das pessoas, na eficiência e produtividade.
Eggon nasceu em 17 de outubro de 1929, em Schroeder. Começou a trabalhar desde cedo, aos 13 anos, em um cartório de Jaraguá do Sul. Trabalhou no Banco Inco e foi sócio da João Wiest & Cia. Ltda, especializada na produção de canos de escape para veículos.
Em abril de 1961, Eggon deixou a empresa para enfrentar o maior desafio de sua carreira, junto com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus, fundou a WEG, que na época produzia apenas motores elétricos.
Até 1989, Eggon exerceu o cargo de diretor presidente da empresa, levando-a figurar entre as maiores do setor, com participação destacada no mercado nacional e internacional. De 1989 a 2004, foi presidente do Conselho de Administração da WEG, além de presidente do Conselho da WPA Participação e Serviços S. A, controladora da WEG, de 1978 a 2010.
Sua trajetória profissional abrange também a participação nos conselhos de quatro grandes empresas — Oxford, Tigre, Marisol e Perdigão, tendo nesta última, inclusive, exercido a função de diretor presidente entre 1993 e 1995, momento em que cumpriu uma dura missão de recuperação financeira da empresa.
Eggon também atuou em projetos sociais e educacionais que transformaram a vida de muitas pessoas. Foi presidente da Acijs por dois mandatos sendo sua passagem marcada pela reestruturação e fortalecimento da entidade. O empresário faleceu no dia 13 de setembro de 2015.
Casado com Laura Augusta da Silva deixou cinco filhos: Tania Marisa da Silva, Décio da Silva, Solange da Silva Janssen, Kátia da Silva Bartsch e Márcia da Silva Petry.