O presidente da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul Isair Moser (PSDB), Dico como é mais conhecido, informou que a Casa vai devolver R$ 1 milhão do Legislativo para que a Prefeitura possa utilizar nas medidas de enfrentamento da pandemia de coronavírus no município.
Segundo Dico, a decisão foi tomada devido a situação atual em que desde o setor público até o setor privado estão mobilizados para o combate à propagação da doença em Jaraguá do Sul e no Estado.
“Precisamos estar unidos e mobilizados neste momento. Por isso, a Câmara também contribuirá da forma que é possível”, comentou.
O presidente da Câmara vai se reunir com o prefeito Antídio Lunelli (MDB) para comunicar da devolução que deve ocorrer imediatamente. A devolução aconteceu em outras ocasiões, geralmente no fim de ano ou fracionada à medida que a Câmara economizava recursos, mas por conta deste momento que está se passando haverá a antecipação, defendeu Dico.
As Câmaras de Vereadores dependem de recursos repassados pelas Prefeituras anualmente, de acordo com a previsão orçamentária, já que o Legislativo não conta com receita própria. Segundo regulamenta a Constituição Federal, os municípios com até 100 mil habitantes têm direito a 7% do total da receita própria do Município, enquanto o percentual para as cidades com população entre 100 mil e 300 mil habitantes é de 6%.
Como os recursos são do Município, caso as Câmaras não utilizem todo o montante elas devem retornar os recursos ao Executivo, que são as sobras do Legislativo. Em Jaraguá do Sul, o orçamento previsto para este ano da Câmara é de R$ 12,3 milhões.
De acordo com a Câmara, o total de gastos da Casa representa 3% aproximadamente da receita arrecadada pelo município, chegando a metade do limite constitucional de 6%.
Pegando junto
O prefeito de Guaramirim Luís Chiodini (PP) atuou esta semana junto com as equipes da Secretaria de Educação na separação dos alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade da cidade. A Prefeitura montou cerca de 200 cestas básicas, com produtos da merenda escolar que poderiam vencer no período em que as crianças não têm aulas, e que vão ajudar as famílias em maior vulnerabilidade, cadastradas no Bolsa Família e com filhos matriculados nas escolas da rede municipal.
Prefeituras da região estendem decretos preventivos
Os prefeitos de Guaramirim Luis Chiodini (PP), de Schroeder Osvaldo Jurk (PSDB), de Corupá João Gottardi (PSD) e de Massaranduba Armindo Tassi (MDB) assinaram decretos esta semana que prosseguem com as medidas determinadas pelo governo do Estado, que prorrogou o período de isolamento por mais sete dias.
O decreto estabelece novas medidas de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus (Covid-19) e estabelece outras providências. Até o dia 1º de abril, serão mantidos apenas os serviços considerados essenciais, como saúde, defesa civil e o serviço de abastecimento de água.
Os atendimentos presenciais nos órgãos municipais seguem suspensos até o dia 31, retornando em 1º de abril. As equipes das Prefeituras se organizaram no esquema de home office e também há plantões para trabalhos internos, sendo alguns setores contam com atendimento ao público por telefone.
CURTAS
Férias Coletivas
A Prefeitura de Jaraguá do Sul decretou 10 dias de férias coletivas a partir desta quinta-feira (26) em função das restrições determinadas para conter o avanço no coronavírus no Estado, previstas na prorrogação do decreto 13.732/2020, que prorroga a situação de emergência no âmbito municipal. Serão mantidos os plantões em todos os setores essenciais. Segundo comunicado emitido pela Prefeitura, o atendimento na saúde não será atingido pelo decreto de férias coletivas.
Contrário
O governador Carlos Moisés (PSL) usou as redes sociais ontem para dizer que ficou “estarrecido” com o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite de terça-feira (24), em cadeia nacional quando criticou a decisão de alguns estados de decretar o isolamento social da população.
Em sua fala, Bolsonaro contrariou o que todas as autoridades de saúde, inclusive o Ministro da Saúde Henrique Mandeta, recomendam: ficar em casa para travar a circulação do vírus e achatar a curva de casos positivos. Moisés criticou a postura presidencial reforçou o segundo decreto de emergência em SC que passou a valer ontem. O governador admitiu que há a necessidade de equilibrar as decisões de saúde com as medidas econômicas, para evitar nova crise, mas reforçou que momento ainda é de resguardo.
Discordância
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc) também manifestou discordância ao pronunciamento do presidente Bolsonaro. Em nota pública, a Comissão reafirmou a importância da continuidade das ações de prevenção adotadas, assim como as medidas do governo de auxílio às pessoas com dificuldades econômicas que ficarão sem renda neste período.
“Reiteramos o nosso compromisso e preocupação com os catarinenses, recomendamos que sigam as recomendações dos órgãos de saúde, evitando aglomerações, cuidem dos idosos e façam a vacina contra a gripe (influenza)”, ressaltam os deputados membros da Comissão. Sete parlamentares integram a comissão entre eles o deputado Vicente Caropreso (PSDB) que é também é médico.
Empréstimo
A Assembleia Legislativa aprovou na terça-feira (24), em sessão extraordinária virtual, o projeto que autoriza o governo catarinense a fazer empréstimo de US$ 344,7 milhões (o equivalente a mais de R$ 1,7 bilhão) junto ao Bird.
A proposta, que tramitava em regime de urgência foi aprovada por 30 votos a nove. A matéria, encaminhada pelo Executivo em novembro de 2019, estabelece que os recursos serão obrigatoriamente aplicados na liquidação da dívida externa do Estado, contraída no Bank of America em dezembro de 2012. O governo argumenta que a operação de crédito junto ao Bird é mais vantajosa para os cofres do Estado que o empréstimo do Bank of America e implicará em diminuição no valor que SC desembolsa para pagar essa dívida.
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