O movimento é o melhor caminho para buscarmos a cura, seja do corpo ou da alma. Nada é estático no Universo, tudo se move sem parar e tudo se transforma. Mover-se é tão comum que não nos damos conta, mas continuamos em movimento. É o deslocamento que um corpo faz de um lugar para o outro, uma forma de mover-se, que se inicia na concepção e continua no processo do nosso desenvolvimento, no nascimento, no crescimento, no aprendizado, nos pensamentos e nas nossas atitudes.
Quando realizamos movimentos direcionados, nosso corpo estimula automaticamente nossos átomos, nossas moléculas, nossos órgãos, nosso esqueleto, nossos músculos e você cria uma vibração energética onde te conecta em tudo, inclusive com os teus pensamentos, te proporcionando um bem-estar profundo. Criar movimentos internos também redefine a sua rota, te dá liberdade para dar os passos, seguir e se direcionar.
É a maneira simples, fácil, próxima, e profunda de que dispomos em nosso modo de estar no mundo. Permitem-nos vislumbrar novos universos, novas conquistas, mudar as rotas, dar um sentido diferente. Quando nos movimentamos, não apenas mexemos nosso corpo, mas movimentamos pensamentos antigos que estão aí dentro ocupando espaço, mexemos em crenças e conceitos que fazem parte do nosso ser, que não são mais as nossas verdades e que não fazem mais sentido.
Permitimos mudanças de ideias, de sentimentos, de planos e de opiniões, como se atualizássemos o GPS da nossa vida. Saímos do movimento que fazíamos apenas dentro de uma bolha. O movimento é a forma de relação do ser humano consigo mesmo e com o meio, como ele se expressa, se protege, busca viver e desempenha suas funções vitais. Nosso corpo é um mecanismo que funciona através das reações das nossas mentes, ele se movimenta no sentido que os estímulos dados o estão conduzindo.
O nosso interno reflete diretamente nas nossas expressões físicas, e o corpo sofre quando os sentimentos são negativos e ruins. Criar novos sentidos para nossa rotina, para nossa vida, descobrirmos novas possibilidades, novos aprendizados, novas habilidades. Criamos tantos novos movimentos para termos a sensação de estarmos vivos e incorporar a alegria de ser. É um desafio manter um sonho, um ideal, sustentar os avanços, evitar os retrocessos, quedas, saltos, voltas e reviravoltas que a realidade aponta.
Todos os movimentos vividos necessitam de ajustes necessários para manter o equilíbrio, um equilíbrio dinâmico, que precisa de raízes fortes para se mantiver dentro dos padrões naturais do movimento. Como diz um proverbio chinês, “ouço e esqueço, vejo e recordo, faço e compreendo”. Podemos esquecer tudo o que ouvimos e recordar assim que o vê, mas, no entanto, acredito que compreendemos melhor aquilo que podemos fazer.
Os movimentos são saberes que adquirimos sem saber, mas que também fica a nossa disposição para serem colocados em uso. As descobertas feitas com o corpo deixam marcas.