“Só quem entende e sente pode falar”

Foto Divulgação

Por: Pelo Estado

27/11/2019 - 10:11 - Atualizada em: 27/11/2019 - 10:59

A deputada Marlene Fengler (PSD) expôs em plenário, na sessão desta terça-feira (26) da Assembleia Legislativa, o caso de uma sua conhecida que foi assassinada na véspera, segunda-feira, engrossando a estatística de feminicídio em Santa Catarina.

O crime ocorreu exatamente no Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. Por mais que existam homens dispostos a acabar com esse tipo de violência, só as mulheres podem entender e sentir o que de fato sofrem, sendo ou não vítimas diretas.

Porque a violência contra a mulher não está só no xingamento ou no tapa na cara. Está no salário menor para a mesma função que um colega homem, na dificuldade de se colocar no mercado de trabalho porque engravida ou porque não tem vaga na creche para o filho, na baixíssima participação nos espaços de representação política e em cargos de chefia, na obrigação que as ainda meninas têm de cuidar da casa enquanto os irmãos brincam. Isso sem falar na violência sexual, nem sempre denunciada.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 53.726 mulheres foram estupradas no Brasil em 2018 e, em média, 180 mulheres são estupradas por dia no país.

Ou seja, uma mulher é estuprada a cada oito minutos! Como se não bastasse esse horror, 71,8% das vítimas de estupro eram menores de 18 anos e 53,6% eram menores de 13 anos, na maior parte das vezes estupradas por homens da família ou muito próximos da vítima.

Uma das atividades da campanha anual e internacional dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher é resultado da parceria do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da UFSC, por meio da Comissão de Movimentos Sociais do Fazendo Gênero 12, com a bancada feminina da Assembleia Legislativa. Trata-se do encontro “As vidas das mulheres e as políticas públicas”, que acontece nesta quarta-feira (27), no Palácio Barriga Verde.

Foto Divulgação/Alesc

Acolhida no retorno

De muletas e bota ortopédica, o deputado Julio Garcia (PSD) retornou à presidência da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (26). Logo na chegada ao gabinete foi recepcionado por deputados emedebistas, entre os quais o vice-presidente da Casa, Mauro de Nadal, que respondeu interinamente pelo comando do Legislativo enquanto o titular se recuperava do acidente automobilístico e das cirurgias que o afastaram da função nas últimas semanas. Jerry Comper, o líder da bancada, Luiz Fernando Vampiro, e Romildo Titon, bem à direita, deram as boas-vindas a Garcia juntamente com Kennedy Nunes (PSD). Na noite de segunda-feira (25), Nadal presidiu a sessão especial de outorga da comenda do Mérito Legislativo, que para muitos foi uma das mais emotivas, com homenagens a nove entidades e 30 personalidades da vida catarinense.

Queda de braço

Deputado Sargento Lima (PSL) foi à tribuna da Assembleia questionar o governador Carlos Moisés. Primeiro, citando a famosa frase de Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda Nazista, que uma mentira contada mil vezes vira verdade, disse que o governador tem reclamado freqüentemente da oposição que sofre na Alesc pela bancada de seu próprio partido. E apresentou números de votações que provam o contrário. O apoio às matérias do Executivo por parte da bancada pesselista se aproxima dos 90%. O deputado arrematou perguntando “qual governador não daria o braço direito para ter uma oposição como esta”, que vota sempre em peso com o governo.

Não satisfeito, Lima fez referência às Escrituras. Disse que o PSL começou a jornada em 12, mesmo números de tribos de Israel e de apóstolos de Cristo – governador, vice, seis deputados estaduais e quatro federais. “Mas um do grupo foi ter com príncipes e sacerdotes.”

Foto Fellipe Sampaio /SCO/STF

“Temos muito a contribuir com a otimização do uso de recursos públicos, a fim de que atendamos às demandas da sociedade, por meio da prestação de um serviço público sempre, e cada vez mais, eficiente, transparente e responsável.” Presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, no XIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em Maceió

Em nome de Deus

Dados do Censo de 2010 mostravam que o Brasil tinha 42,3 milhões de evangélicos, 22,2% da população. A pesquisa mais recente neste sentido, feita em 2017 pelo Latinobarómetro, organização privada sem fins lucrativos sediada no Chile, apontou que o índice chegou a 27% de protestantes declarados no país. A Assembleia Legislativa catarinense prova isso. Na atual Legislatura, quatro dos 40 deputados são pastores protestantes e outros tantos se declaram evangélicos.

Creches

Levantamento do MPSC aponta a necessidade de criação de 43 mil vagas em creche até 2025 e alerta sobre crianças fora da pré-escola. Inéditos no país em nível de detalhamento, os relatórios com a situação do cumprimento da Meta 1 dos Planos Municipais de Educação de todos os Municípios do Estado mostram que Florianópolis, São José, Joinville, Palhoça e Blumenau são os municípios que mais precisam abrir vagas. Conheço o estudo completo em bit.ly/2DvIWfH

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