Mesmo com o clima de carnaval, o novo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Aldo Schneider (PMDB), não quer saber de brincadeira. Já realizou a primeira reunião com coordenadores e equipe administrativa da Casa, pessoas responsáveis, por exemplo, pelos setores Financeiro, de Comunicação, Recursos Humanos, Tecnologia, Assessoria Jurídica, entre outros. Fez questão de lembrar que sua posse como presidente resulta de um acordo e que por isso não haverá rupturas, “apenas algumas mudanças pontuais”. Para nortear suas ações, quis conhecer rotinas, demandas, dificuldades e articular o grupo em torno do propósito de reduzir despesas. Schneider disse ainda que, a exemplo do que ocorreu quando o deputado Silvio Dreveck (PP) estava na presidência e ele na vice, todas as decisões serão tomadas em conjunto pelos dois. A sintonia envolve também os chefes de gabinete de ambos – Jerry Comper, da equipe de Schneider (na foto ao lado de Dreveck) e Joni Menezes, da equipe de Dreveck (ao lado de Schneider). Como o acordo de mandato compartilhado entre PP e MDB foi feito com a intermediação do deputado Gelson Merisio (PSD), este também é consultado nas decisões. As disputas entre PP e MDB, que marcam a política catarinense há gerações, e entre o MDB e o PSD para as próximas eleições, ficam para o lado de fora do Parlamento. “Aqui não se trata de política, mas de gestão. Uma gestão compartilhada em prol do bem público e dos catarinenses”, resume o presidente da Assembleia.
Qualidade avaliada
O secretário de Estado da Educação, um dos cotados para permanecer na equipe de Eduardo Moreira depois da licença e da renúnica do governador Raimundo Colombo, vai reunir a imprensa hoje, na sede da Secretaria, na Capital, para falar sobre o início do ano letivo nas escolas da rede pública estadual. Entre os assuntos, vai falar das escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Além das 13 que já estavam em funcionamento neste modelo no ano passado, outras 17 terão esse regime até o final de 2018, totalizando 30 unidades. Escolas com jornada ampliada, alimentação escolar, tecnologia educacional e infraestrutura das escolas também estão na pauta da coletiva de hoje. Deschamps ainda vai anunciar a avaliação, pela primeira vez, para alunos da primeira série do Ensino Médio. A intenção é avaliar o êxito ou a necessidade de ajustes nos programas ofertados até esta fase. Serão avaliados 11,6 mil estudantes de 129 escolas públicas do Estado.
Estrago
O sonho de se candidatar ao governo do Estado parece ter chegado ao fim para o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC). Ele chegou a lançar sua pré-candidatura em um evento com apoio de várias lideranças do Sul do estado. Entretanto, foi condenado por irregularidades na compra de equipamentos quando ainda era prefeito de Pinhalzinho em interinidade. Rodrigues foi detido ontem, no Aeroporto de Guarulhos (SP), pela Polícia Federal. Voltava de uma viagem ao exterior. Sem se deixar abater, garante que vai reverter a situação. Do ponto de vista eleitoral, mesmo que consiga isso, o estrago já foi feito.
Cobrança
Nem bem começou o ano legislativo e o deputado Neodi Saretta (PT) partiu para as críticas ao governo. Reclamou da medida provisória, editada pelo Executivo e publicada em 28 de dezembro do ano passado, que incluiu na soma do percentual destinado à Saúde o fundo extra dos hospitais filantrópicos. Para o petista, esses recursos não deveriam constar no cálculo dos 13% do Orçamento que devem ser destinados para a área. “Foi uma manobra do governo para fechar o cálculo e, mesmo assim, chegou a 12,6%, menos do que foi investido em 2016”, disse.
Reação
Matéria publicada ontem no site da Federação das Indústrias (Fiesc) mostra que a produção industrial catarinense teve alta de 4,5% em 2017 na comparação com 2016. Foi o segundo melhor desempenho do país. Santa Catarina perde apenas para o Pará, cujo resultado é fortemente influenciado pelo extrativismo mineral.