Representantes do Consórcio Aliança, formado pela Celesc e a EDP Energias do Brasil, realizam encontros com prefeitos das 28 cidades catarinenses por onde passará o traçado de cinco novas Linhas de Transmissão e uma subestação a serem construídas em Santa Catarina. O empreendimento é referente à conquista pelo consórcio do Lote 21, terceiro maior do leilão 005/2016, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril do ano passado, e representa um dos maiores investimentos na expansão do sistema elétrico catarinense. Na última semana, o diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, Ênio Branco, esteve em Lages, Anita Garibaldi, Campos Novos, Capão Alto e Campo Belo do Sul, juntamente com diretores da EDP, para apresentar os detalhes do projeto, que está em fase de licenciamento ambiental. Nesta semana, as visitas seguiram por municípios do Planalto Serrano, Sul catarinense e Grande Florianópolis. Orçadas em R$ 1,265 bilhão, as obras devem começar em agosto, com finalização prevista para 2020. O pacote inclui a construção de cinco trechos de linhas de transmissão de energia com mais de 480 quilômetros de extensão, além de uma subestação 525/230kV em Siderópolis. De acordo com o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, o objetivo é melhorar a confiabilidade da rede básica nas regiões Sul e Extremo Sul, criando uma nova conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) e reduzindo, inclusive, a dependência do despacho térmico local para o fornecimento de energia. A participação da Celesc no leilão foi baseada nas diretrizes do Plano Diretor da companhia. Conforme explica Siewert, por meio de novos negócios, a Celesc pode criar alternativas de receita sem “depender apenas e tão somente da Distribuição, que hoje responde por 97% do seu faturamento”.
Peso político
Além dos temas em debate na Sabatina na Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc), promovida pelo mandato do deputado Gelson Merisio (PSD), o público teve presenças ilustres como do ex-governador e deputado federal Esperidião Amin (PP), o presidente do PP-SC, deputado Silvio Dreveck, e outros parlamentares do PSD. Na mesa de debate, participaram jornalistas, lideranças empresariais e sociais, e representantes dos comerciários, dos microempresários e da APAE. As discussões trataram de Saúde e Infraestrutura. Pelo menos na frente do público. Nos bastidores, certamente a pauta foi outra.
Celesc e EDP planejam executar três Linhas de Transmissão de energia em 525 mil Volts: Abdon Batista/Siderópolis 2, com 261 km; Biguaçu/Siderópolis 2, com 149 km; e Campos Novos/Abdon Batista, com 39 km. Estão previstas mais duas Linhas de Transmissão de energia em 230 mil Volts: Siderópolis 2/Forquilhinha, com 28 km, e Siderópolis 2/Siderópolis, com 7,5 km. O planejamento inclui ainda a subestação de 525/230 mil Volts em Siderópolis 2.
A primeira viagem internacional de Eduardo Moreira depois de assumir o governo do Estado, prevista inicialmente para o final de março, deve ficar para maio. Ajuste de agenda para passar pela Coreia e pela China.
Turismo
No Seminário Turismo e Internacionalização do Brasil, realizado em São Paulo, o presidente da Embratur, o catarinense Vinicius Lummertz, optou pelo caminho político para argumentar em favor de um novo momento para o setor no país: “Teremos eleições esse ano. Temos que lembrar aos candidatos que o Turismo deve fazer parte das plataformas de governo. É o Turismo que vai fazer girar nossa economia. O Brasil vem se isolando e desenvolver a atividade turística pode romper isso”. Para Lummertz, os candidatos devem seguir pelo mesmo caminho em Santa Catarina.
Iluminação pública
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou que é dos municípios a responsabilidade pela manutenção da iluminação pública. Para a AGU, a prestação do serviço sempre foi de responsabilidade dos governos locais e que as concessionárias o realizavam apenas de forma transitória. A decisão diz que cada localidade poderá escolher se a iluminação pública ficará sob sua responsabilidade direta ou sob o regime de concessão. Com base na Constituição Federal, a AGU reforçou que os municípios podem criar taxa de iluminação pública para custear o sistema.