“A paciência acabou”

Por: Pelo Estado

09/11/2018 - 06:11 - Atualizada em: 09/11/2018 - 11:42

Os eleitores brasileiros deram um recado claro quando promoveram uma forte renovação nas Assembleias Legislativas, Câmara Federal e Senado. E ao elegerem Jair Bolsonaro presidente, especialmente por seu discurso de austeridade.

Mas, ao que parece, nem todos entenderam o recado. Tanto que a atual composição do Senado aprovou aumento salarial de 16% para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O efeito cascata da decisão levará a um impacto de R$ 4 bilhões a 6 bilhões nas, já combalidas contas do governo.

O partido Novo promoveu uma reação pela internet e agora organiza uma manifestação para o domingo (11), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O objetivo é convencer o presidente Michel Temer a vetar o aumento. Por aqui, a presidente em exercício da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Sisi Blind, prefeita de São Cristóvão do Sul, classificou a decisão do Senado como “inaceitável e inadmissível”.

Para ela, não há outra forma de traduzir a irresponsabilidade e o descaso dos congressistas. “Isso causará um efeito bilionário na economia brasileira enquanto recursos de convênios em favor dos municípios são cancelados com a alegação de falta de dinheiro. A sociedade brasileira não aguenta mais!”

Sissi afirmou que o reajuste contraria a necessidade de enxugamento da máquina pública e da ampliação das políticas de diminuição das vulnerabilidades sociais. E reclamou da orientação do governo federal aos ministérios da Educação e Esporte para o cancelamento dos empreendimentos e obras, alegando, especialmente, a necessidade de contingenciamento de despesas.

A prefeita exigiu o cumprimento do pagamento dos contratos relacionados às obras da Educação e do Esporte e a garantia da execução do pagamento das obras vigentes. Também quer o veto à aprovação do ajuste dos salários dos ministros do STF.

Posições definidas

Deputado eleito Felipe Estevão (foto 1) será o líder da bancada do PSL na Assembleia Legislativa. O encaminhamento do nome do jovem parlamentar para a liderança tem a chancela do governador eleito, Carlos Moisés da Silva, e faz parte do acordo que levará os deputados Onir Mocellin (foto 2) à liderança do governo e Ricardo Alba (foto 3) à Mesa da Casa. A oficialização dos três nomes para as posições no Legislativo deve ocorrer nesta sexta-feira (9), durante encontro ampliado do PSL catarinense em Águas Mornas.

Ritmo de campanha

O governador eleito Comte. Moisés está mantendo o ritmo de campanha no período de transição. Ele chega às 8 da manhã no Centro Administrativo, participa de reuniões e conversas, recebe e faz visitas, e só sai por volta das 22 horas. Ontem foi mais um dia de agendas seguidas. Entre elas, Moisés se reuniu com a secretária de Estado da Educação, Simone Schramm, e equipe. Teve acesso aos dados da pasta e ao organograma de funcionamento da pasta. Sem grandes modificações este ano, a secretária garantiu que o cronograma do calendário escolar será cumprido e que o ano letivo iniciará normalmente em 2019.

Revisão de contratos

“O Estado não para. Não podemos fazer profundas alterações neste momento e prejudicar o andamento do calendário escolar, já programado. O que podemos fazer, e a nossa equipe estará em estudo, é rever contratos e serviços. São detalhes que vão otimizar os recursos e dar resultado e serviço de qualidade à população catarinense”, assegurou Moisés.

Deixou de votar?

 O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) avisa que quem não votou no primeiro turno tem até o dia 6 de dezembro para apresentar justificativa à Justiça Eleitoral. Já para quem faltou no segundo turno, o prazo se estende até o dia 27 de dezembro. Evite deixar para a última hora!