É carnaval
O silêncio impera.
Pandemia. Coronavírus e uma constante espera…
Aqui dentro repousa a ginga,
A vontade de liberdade e suavidade!
Lá fora, uns vivem alienados, outros no automático e outros em estado dramático…
O corona rola solto
Como serpentina no salão
Pegando todo mundo…
Feito purpurina quando cai da mão!
A saudade pulsa para o agito,
a alegria e o livre-arbítrio
E padece a alma
Que coleciona traumas…
O corpo pede samba,
a boca guarda o grito,
segue o prescrito…
Máscara facial e o escambau.
O povo se acolhe, e diz:
-No próximo, ninguém me “tolhe”, serei feliz!
A trilha segue seu curso diário…
Tocando as mesmas notas desse trépido cenário.
A quietude se faz presente
E contraria o carnaval, hoje ausente.
Lembranças surgem em mim
de um tempo “normal”
Onde a festa colossal
Era o slogan: o país do carnaval!
Hoje; nem slogan, nem dança, nem festança, nem diversão.
Em certos casos; sem leitos, sem UTI, sem a presença de um ente para segurar a mão!