“Aulas: o retorno…”

Foto Divulgação/PMJS

Por: Ana Kelly Borba da Silva Brustolin

10/02/2021 - 15:02 - Atualizada em: 11/02/2021 - 08:54

As escolas estão se preparando para o retorno das aulas presenciais… Ao que reflito, junto com vocês, com base em uma letra dos Los Hermanos: “É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê”! Será que a estrada pode ir além do que estamos vendo, em relação às aulas?!

Os estudantes, professores e funcionários deixaram a escola de uma maneira abrupta em março de 2020, e encontrarão outra totalmente diferente na volta – cheia de novas regras e sem aquele “calor humano ‘naturalmente pulsante’” do habitual (que incluía rodas de conversa antes de a aula começar, brincadeiras no pátio e no recreio ou aquele abraço nas gentes que povoam o ambiente escolar).

Teremos, todos juntos, de ressignificar nosso olhar para as mudanças causadas pela pandemia. Avalio que precisamos valorizar os ganhos dessa volta e desse novo normal e não somente as perdas: desenvolvimento de habilidades diversas no cotidiano familiar, escolar e profissional, novos tipos de brincadeiras e maneiras de estudar, percepção de ações que a gente não enxergava antes, e outros.

Após, praticamente, um ano de quarentena, os pais refletem e se sentem inseguros, pois, se por um lado não veem a hora de os filhos voltarem para a escola, por outro, sentem medo de expor as crianças e adolescentes ao risco do contágio ao coronavírus. Realmente, a decisão tem de ser posta em uma balança: inúmeras questões devem ser ponderadas e a escolha é bem pessoal, pertencendo à realidade de cada família.

A maioria das escolas já prevê o modelo híbrido de ensino – com aulas presenciais e on-line. Como essa tarefa será feita, varia de instituição para instituição. Grande parte delas está realizando pesquisas com as famílias a fim de obter um levantamento prévio de quantos estudantes pretendem permanecer em casa e quantos pretendem retornar ao presencial. Sabe-se que na rede pública de ensino, esse cenário dependerá de cada estado ou município.

Todavia, não há dúvida: todos se movimentam em prol desse novo cenário para o ensino e, logo, abrir-se-ão as cortinas. No que diz respeito aos professores, serão peças-chave nesse retorno, seja presencial, seja híbrido (quero crer que passaram a ser mais valorizados a partir dessa quarentena). Certamente, apenas os protocolos de biossegurança não darão conta de estabelecer as novas relações de interação que fazem parte do novo normal.

Os professores, mais uma vez, serão protagonistas de uma peça encenada ao vivo, sem ensaios prévios! Dia após dia, mediarão tais relações, como faziam antes da pandemia, durante a pandemia e como continuarão fazendo, porque ser professor é reinventar-se, desafiar-se e se (re)descobrir a cada novo contexto.

Força, paciência e fé a todos!

Quem assina é uma professora, mãe e brasileira que anseia por: vacina, liberdade e saúde para todos!