Em entrevista à GloboNews, o futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad voltou a refutar os boatos – recorrentes nos últimos dois anos e reaquecidos nas eleições – de que as transações via Pix passem a ser taxadas. De acordo com ele, não haveria condição alguma em que o país poderia taxar as transferências via Pix.
Segundo o político, o sistema de pagamento passa a fazer parte da estratégia de governo para garantir mobilidade social, facilitando acesso ao crédito – e taxar estas transações iria contra este fomento a mobilidade.
Para ele, o acesso ao crédito está ao lado das frentes de acesso a moradia e a uma educação de qualidade, tanto no Ensino Básico quanto no Ensino Superior – e o país estaria deficitário em todas as frentes.
Antes do PIX, as transações entre instituições financeiras diferentes eram cobradas, com prazos de até 48h para o pagamento ser efetuado. Criado pelo Banco Central do Brasil, hoje a ferramenta conta com mais de 478 milhões de chaves PIX registradas.
O Banco Central também é o grande responsável por regular e estabelecer as regras de funcionamento da ferramenta, além disso, fica sob sua gestão as questões relacionadas às plataformas operacionais.
Esse dado é baseado em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indica que o número de chaves registradas chega a ser maior que o dobro do número de cidadãos brasileiros. Somente em julho deste ano, cerca de R$ 933 bilhões foram movimentados pelo PIX.