A Secretaria da Saúde oferece gratuitamente neste sábado (5), das 9 às 17 horas, o teste rápido para sífilis, hepatite e HIV. A ação acontece na Praça Ângelo Piazera e tem por objetivo prevenir, detectar e tratar o maior número possível de pessoas que têm vida sexual ativa, com ênfase à sífilis, cujo dia de combate foi comemorado em outubro.
Em Jaraguá do Sul, o número de pessoas com sífilis vinha aumentando até o ano passado, quando foram registradas 372 pessoas com a doença (290 sífilis adquirida, 50 sífilis em gestante e 32 sífilis congênita – doença passa da mãe para o filho). Já neste ano, até outubro, 168 casos foram notificados (142 sífilis adquirida, 18 sífilis em gestante e 8 sífilis congênita), o que demonstra um controle maior da doença. “Intensificamos a testagem em empresas, postos de saúde, ações na rua, e isso ajudou na identificação precoce da sífilis, o que diminui a chance de outras pessoas serem contaminadas”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica Fabiane da Silva Ananias.
Em Santa Catarina, no período de 2010 a 2015, foram notificados 15.797 casos de sífilis adquirida, 3.374 casos de sífilis em gestantes e 475 casos de sífilis congênita. Entre os casos de sífilis congênita, houve 41 abortos e 58 natimortos por sífilis. Sendo a sífilis congênita um evento 100% evitável, é necessária a testagem no início e fim da gestação e o tratamento adequado para evitar que o bebê contraia a doença.
O que é a sífilis?
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Tem como primeiro sintoma uma ferida genital indolor e, às vezes, caroços na virilha. No segundo momento da doença aparecem manchas no corpo, principalmente na palma da mão e sola do pé. As manchas não coçam. Podem surgir ínguas no corpo. Na fase terciária, aparecem lesões na pele e ossos, problemas cardiovasculares e neurológicos, podendo levar à morte.
A transmissão acontece através de relação sexual sem proteção (camisinha). Sexo genital, anal, oral. Não se pega através de contato pele-pele. A mãe infectada também pode passar para a criança durante a gestação ou o parto, caso não seja tratada adequadamente. A prevenção é feita pelo uso de preservativo na relação sexual. O tratamento é feito pelo SUS com antibiótico (penicilina injetável). Normalmente são três semanas de tratamento, recebendo, uma vez por semana, duas injeções de penicilina em cada glúteo.