Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Levantar cedo – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

22/11/2022 - 08:11 - Atualizada em: 22/11/2022 - 08:34

Todos devemos saber que ninguém vê por igual as coisas “aparentemente” iguais diante dos olhos de todos. Cada um tem seu modo de perceber e de reagir, ainda que aparentemente vejamos de igual modo o objeto da percepção.

Este arrazoado, leitora, é para dizer que acabo de ler uma frase altamente discutível, dependendo de quem a diz e de quem a ouve. A frase é de um cartunista, um humorista, pois não?

A frase é esta: – “Odeio quando um bilionário diz que chegou lá porque trabalhou duro, porque você sabe que o jardineiro e a empregada dele estão trabalhando duas vezes mais”. Como piada, passa. O problema é que muita gente engole piadas como verdades finais, cuidado. Há um ditado que diz que – “Deus ajuda a quem cedo madruga”.

Tenho ouvido legiões de bobões dizendo que levantam cedo, antes de o sol nascer, e continuam pobres, sem ajuda. Mundo dos diferentes percebedores… Não adianta levantar de madrugada para fazer um trabalho de pouco valor e, não raro, ainda malfeito.

Trabalhar duro me faz lembrar os atletas olímpicos, caras que se exaurem nos treinamentos, anos e anos num vai e vem de cansar os olhos e a paciência dos bermudões preguiçosos ou sem talento. Ninguém fica rico, milionário ou, mais ainda, bilionário, fazendo biscates, trabalhinhos menores. – Ah, estás me diminuindo, Prates?

Não, não estou, estou apenas dizendo que é preciso trabalhar duro, duro mesmo, para sairmos do atoleiro dos salários merrecas e dos gemidos covardes. Deus ajuda a quem cedo “madruga” numa obra elevada, numa ambição de poucos, aí o Pai ajuda sim…

Conheço pais que levam os filhos para certos ritos, práticas religiosas, quando os “inocentes” vão mal na escola. Esses pais querem ajuda dos santos, ou de deus, para seus filhos mandriões, vadios que não estudam, mas que querem boas notas ou uma ajudazinha dos professores.

Conheço gente que vai atrás das pegadinhas mentirosas de alguns cursos de inglês que prometem fluência em poucos dias. Já disse aqui, nem sendo neto do Donald Trump alguém vai aprender inglês em algumas semanas. Quem quiser chegar ao topo de algum “Everest” que jogue duro e saiba escolher um qualificado “Everest”, sem gemer.

FELICIDADE

Ela queria tomar um sol… Quem? Uma frase que estava na minha caixa de sapatos cheia delas. Trouxe-a para o sol. A descarada diz assim: – “Ame sem esperar retribuição. Eis o segredo para ser feliz”. Bah, não mesmo. Se eu amo, me entrego, saltito, bato forte o bumbo do coração, mas… Quero troco, ora. Só o que faltava amar e bancar a Madre Tereza. Negativo. Amor tem que ter calçamento em mão dupla, fora disso é tchau sem benção.

BELEZA

A jovem estava no meu carro, carona. Paramos numa sinaleira e ela viu um idoso, mancando e oferecendo saquinhos de chá. Cinco reais cada saquinho. Ela baixou o vidro do carro, pediu um chá qualquer e deu 50 reais ao idoso. Ele disse que não tinha troco, que ela podia pagar amanhã (que bondoso, ingênuo) e aí ouviu da jovem que ele podia ficar com o troco, R$ 45,00. O senhor quase desmaiou, ficou jogando graças ao céu. Gostei de ver, minha amiga e o idoso.

FALTA DIZER

Que beleza, é assim que se faz! Idiotas que sosseguem o facho. A Nike proibiu a ideia de alguns “boco-mocos” de colocar nomes religiosos nas camisetas da Seleção Brasileira. Olhe a que ponto os idiotas que andam por aí, fazendo barulho, pensaram em chegar… O Brasil se tornaria, mais ainda, uma piada.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.