O casal Marinilson Cardoso e Cleuza Mello Cardoso, residente no Bairro Jaraguá 99, em Jaraguá do Sul, está passando por momentos muito difíceis desde fevereiro deste ano, quando a filha Maysa, de dez anos, foi diagnosticada com leucemia.
Agora, a cada duas semanas eles precisam levar a menina até Joinville para as sessões de quimioterapia. Além disso, diversos exames precisam ser feitos para acompanhar a evolução da doença.
Enquanto as despesas aumentaram em pelo menos mil reais por mês, a renda da família caiu, porque Cleuza teve que deixar o emprego para cuidar da filha, que necessita de cuidados constantes.
“Nós temos outra filha e também tenho uma irmã que mora comigo, desde que o meu pai faleceu. Ela sofre de esquizofrenia e também precisa de cuidados especiais”, afirma a mãe de Maysa.
A descoberta do diagnóstico de leucemia
Cleuza conta que tudo começou em novembro do ano passado, quando ela observou que havia alguns caroços na parte de trás do pescoço de Maysa.
“Levamos ela ao médico, foi investigado e não teve diagnóstico porque alguns dias depois esses carocinhos sumiram. Depois, no começo de janeiro deste ano, foram feitos alguns exames e a pediatra que a atendeu falou que estava tudo bem. Mas, em fevereiro, a Maysa começou a ter dores de cabeça. Ela ia para a escola e chegava reclamando de dor de cabeça. Aí eu levei ela no pediatra, contei o que vinha acontecendo para ele e, a princípio, o médico achou que era Covid, mas foram feitos exames e não era Covid”, relata.
A mãe conta que foram feitos outros exames e surgiu a suspeita de que o problema poderia ser renite ou sinusite.
“Começamos um tratamento para renite e sinusite, com antibióticos fortes, mas ela não melhorava da dor de cabeça e começou a ter febre também. Já estava tomando os antibióticos há dez dias e, mesmo assim, continuava tendo febre”.
“Foi então que nós fomos ao Pronto Socorro. Eu levei todos os exames dela que tinham sido feitos e passamos pela consulta no PS. O médico então pediu que fossem feitos novos exames para comparar com os que tínhamos levado na consulta. A gente aguardou o resultado dos novos exames e, no dia 26 de fevereiro deste ano, tivemos um pré-diagnóstico no Pronto Atendimento do Hospital Jaraguá. Foi aí que começou a nossa luta”, diz Cleuza.
“Fomos transferidos para Joinville e, após realizar outros exames, no dia 27 de fevereiro tivemos a confirmação de que a Maysa estava com leucemia LLA. Ela ficou na UTI e, a princípio, eram para ser 30 dias. Mas como ela começou a ter uma melhora muito boa, depois de sete dias foi para o quarto, onde permanecemos internados por um mês, com a Maysa já fazendo o tratamento, a desintoxicação, como eles falam, e já começaram as sessões de quimioterapia”, conta a mãe.

Foto: Divulgação
Idas e vindas para Joinville para sessões de quimioterapia
Após um mês de internação e sessões de quimioterapia em Joinville, Maysa teve alta. Depois de duas semanas em casa, a menina teve que voltar para Joinville para fazer a quimioterapia.
“Era uma semana em casa e uma semana – de segunda a quinta-feira – no hospital para fazer quatro sessões de quimio. Agora são sessões de segunda a sábado, em que ela fica no hospital por seis dias e depois 15 dias em casa para se recuperar”, explica Cleuza.
Neste período em que Maysa fica em casa, geralmente precisa ir ao Pronto Socorro para fazer transfusão de sangue e alguns exames.
“É um acompanhamento bem rigoroso. Nesse tempo ela teve várias complicações, a imunidade dela baixou muito, teve uma síncope (desmaio) e até parada respiratória. Precisou ficar mais 15 dias internada, sendo seis dias na UTI. Aos pouquinhos ela foi se recuperando, mas ficou dez dias sem poder se alimentar, nem água ela tomava, não conseguia falar”, relembra a mãe.
Mãe teve que deixar o emprego
Quando a menina está em casa, também faz o uso de quimio e de outras medicações. “Precisamos ter bastante cuidado com a higiene, com a água que ela toma, tem que ser com PH acima de cinco. São muitos os riscos e os cuidados. É um desafio muito grande”, diz Cleuza, que era funcionária da Malwee há dez anos, mas teve que deixar o emprego após receber o diagnóstico da doença da filha.
“Devido ao tratamento, eu não tive mais condições de trabalhar porque precisa ter uma pessoa o tempo todo à disposição da Maysa. Há uma série de cuidados, exames que têm que ser feitos, então a situação ficou bem difícil porque agora só o meu esposo trabalha”, diz Cleuza, com preocupação.
O pai da menina, Marinilson Cardoso, pede a ajuda da comunidade.
“Peço de coração a quem puder ajudar, pois sei que não está fácil para ninguém, mas toda e qualquer contribuição será muito bem-vinda”, afirma.
Contribuições em dinheiro para auxiliar no tratamento de Maysa podem ser feitas através do Pix CPF 067.210.059-21, em nome de Marinilson Cardoso.