Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Indústria reforça importância de acordo econômico com Japão

Divulgação/CNI

Por: Pedro Leal

18/09/2022 - 15:09 - Atualizada em: 18/09/2022 - 15:52

Mercosul e Japão devem aprofundar suas relações comerciais e o caminho para ampliar a parceria entre o país asiático e o bloco integrado pelo Brasil é a assinatura de um Acordo de Parceria Econômica (EPA, na sigla em inglês).

O início das negociações pelos países – que prevê livre trânsito de pessoas, bens, capital, serviços e informações – é a principal reivindicação da declaração conjunta, divulgada na quarta-feira, dia 15, em Tóquio, pelo Conselho Empresarial Brasil-Japão, secretariado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação Empresarial do Japão (Keidanren), no encerramento da 25ª Reunião Plenária do Conselho.

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, integra a comitiva brasileira.

Clique e assine o Jornal O Correio do Povo!

Aguiar salienta que as ações de descarbonização do processo produtivo foram amplamente debatidas no encontro, tanto do lado brasileiro quanto do japonês. “Representantes da indústria brasileira ressaltaram que o país tem mais de 85% de sua matriz energética de fontes renováveis. Inclusive, a CNI apresentou o trabalho realizado pelo Instituto Amazônia+21, que promove negócios sustentáveis”, explica.

O Conselho tem o objetivo promover o aprofundamento das relações entre os países, por meio da discussão de temas centrais para o aumento dos fluxos comerciais e de investimento. No encontro, as lideranças empresariais reforçaram que vão cooperar junto aos respectivos governos para acelerar o processo do Acordo de Parceria Econômica Japão-Mercosul, iniciativa que deve ampliar e diversificar as exportações brasileiras, equalizar condições de competição com países com os quais o Japão tem acordos similares e diminuir as barreiras comerciais.

Ainda durante a reunião, empresários dos dois países discutiram soluções para questões enfrentadas pelas duas economias em decorrência de fatores como a pandemia da Covid-19 e do conflito entre Rússia e Ucrânia, como o aumento mundial dos preços das commodities, o instável fornecimento de energia e alimentos e a vulnerabilidade das cadeias de suprimentos.

Os setores empresariais dos dois países também apresentaram suas perspectivas sobre tendências industriais emergentes em áreas como transformação digital e verde e trataram, ainda, do enfrentamento de questões como segurança de recursos, energia e alimentos e resposta às mudanças climáticas – questões consideradas prioritárias.

Os representantes do setor privado dos dois países também apresentaram suas perspectivas sobre tendências em inovação, transformação digital e sustentabilidade – questões consideradas prioritárias, e debateram sobre os desafios enfrentados no ambiente de negócios, como carga tributária e insegurança jurídica.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).