A notícia tem uma semana, poderia ter um século, não perde e nunca vai perder a atualidade. Antes de dizer do fato, devo dar umas voltas. Começo dizendo que desde que me tenho por gente (hummm, será?) que digo que um general de exército de sunga na praia não é um general, é um abobado. Um general é um general. Penso assim. Um comandante a partir dos exemplos. Não abro mão desse preceito que se me afigura altamente “militar”. Pois bem, a notícia de que falei, que deve ter uma semana, envolveu a primeira-ministra da Finlândia, Sana Martin, 36 anos. Ela foi fotografada de joelhos, dançando numa festa de amigas. Um aniversário. Falei desse assunto com uns quatro ou cinco conhecidos, todos me baixaram o cacete, disseram que eu estava errado, que a “moça” estava numa festa entre amigas e não cometeu nenhum ato desonesto… Discordo, rapazes “modernos”, falsamente tolerantes… Vivo dizendo que nós somos, em qualquer lugar, nós e nossas circunstâncias, nossa família, nossa escola, nosso local de trabalho, nosso clube, nosso partido, somos nós e nossa legião… Nunca saímos de casa “sozinhos” e nunca estamos liberados para certos comportamentos dependendo de quem somos ou representamos. Apenas isso. Dia destes, aqui no Brasil, um vereador acusado de vários crimes sexuais foi cassado. Foi cassado por todos os “colegas”? Claro que não, sempre há os boçais que acham argumentos a justificar qualquer “rachadinha” no comportamento de quem quer que seja, desde que esse “seja” seja amigão ou represente algum interesse. Ver uma representante do povo fazendo “tiktok” numa festa não passa pelo gargalo dos cuidados que devemos ter ao pôr o pé fora da cama quando levantamos pela manhã. Há muitos momentos no nosso dia a dia de tentações de vários modos. Vale a pena? Posso fazer? Devo fazer? E para terminar a conversa enjoada, leitora, devo lembrar que de há muito os bem-comportados, os educados, já deixaram claro que uma pessoa de fino trato, mesmo estando sozinha, num quarto escuro, ao bocejar tapa a boca com a mão. Aliás, levando adiante esse princípio rígido e hígido, bah, não ia sobrar muito coisa em Brasília… Espere, será que sobraria alguma coisa?
ALTURA
Acabo de reler “Blink” (piscar de olhos) obra do americano Malcolm Gladwell e reencontrar a afirmação dele de que nós, todos, no nível consciente, não pensamos que tratamos as pessoas altas de maneira diferente daquela pela qual tratamos as baixas. Esse disparate tanto é verdade para os americanos que se um sujeito for o melhor do mundo em administração, mas não for o dono da empresa, nos Estados Unidos ele não vai ter lugar. Só colocam nas posições maiores os mais altos. Preconceito? Verdade para eles.
PRECONCEITO
Em todos os lugares, e em todas as pessoas, há preconceitos, conscientes ou não. A educação das crianças tem muito a ver com isso, pai e mãe e avós idiotas passam mensagens indigestas, e as crianças, indefesas e sem juízos críticos formados, ouvem e aceitam. É regra geral. Ninguém adquire ou desenvolve
preconceitos depois de certa idade, vem tudo do “período de molde”. Infelizmente, o que mais anda por aí são pais de “cio”…
FALTA DIZER
E aqui é diferente? Claro que não. Ouça esta manchete que vem do RS, leitora: – “Homicídios caem, feminicídios sobem”. A razão? Muitos simples, os covardes têm mais força física que as mulheres e não se garantem lá por baixo, eles sabem disso. Na “minha” delegacia eles aprendem rápido com quantos paus se faz uma canoa…