INQUISIÇÃO
É preciso buscar os alfarrábios para nos situarmos nos dias atuais. Durante os séculos XII e XVII, a Europa e as Américas sofreram com os tempos inquisitoriais.
Era um movimento político-religioso e bastava a menor desconfiança para que o acusado (ou suspeito) fosse levado à ferros. Quem fosse considerado herege pela Igreja ou se opusesse aos dogmas e teorias do cristianismo de então, o caminho era a fogueira. Pior: era considerada “a Santa Inquisição”
CONJURAÇÃO MINEIRA
Foi o nome dado para a Inconfidência Mineira e com a existência de núcleos revoltosos entre o final do século XVII e XVIII. A revolta de Vila Rica em 1720 (quando se cunhou a expressão “os quintos dos infernos”, certamente foi o estopim). O alferes Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes – pagou o pato, mas sempre se soube que não estava só. A Coroa Portuguesa esmagou o movimento: prendeu, baniu, expatriou, degredou e até esquartejou. Estamos falando de algumas centenas de anos, onde o rito processual não estava definido, aliás, sequer existia.
AO QUE SE VÊ
Estamos vivendo tempos de inquisição, conjuração ou algo que o valha, porém, na modernidade dos dias atuais. Não se respeita rito e uma tal Constituição Federal não passa de livreto, sem merecer nenhum respeito. Até parece que temos um “imperador” que dita normas de comportamento e aquilo que se pode ou não dizer. Equilíbrio entre Poderes se transformou em termo usado em alguma escrita perdida alhures, afinal de contas, trata-se de algo inexistente. Há um grande desequilíbrio de Poder, invasões de competências e a insistente tentativa de se impor a “ditadura da toga”. Há um perigo iminente no ar e é possível até apontar os responsáveis.
DE BRASÍLIA PARA SANTA CATARINA
Comenta-se à boca miúda que o Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Moacir Sopelsa (MDB) vai, finalmente, assumir o governo do Estado, mas por breve período. A assunção ocorreria no início de setembro (fala-se no dia 06) e pelo interstício de 30 dias, apenas. Era para ser um bolo, mas vai ser só uma fatia.
Acontece que a cúpula emedebista deixou claro que “apertaria a porca do parafuso de Moisés” e o risco de espanar, também conta. Soou como algo do tipo: ruídos de um vulcão que pode explodir em erupção. A primeira desculpa foi a ausência de recursos financeiros de campanha. Depois culparam o slogan de campanha “Aqui já tem Governador” que, se mudado, pegaria mal e tal. Vai ter que mudar. Só faltou acharem um mordomo, o pobre coitado que é sempre o primeiro suspeito de tudo. O gesto de Moisés ao buscar uma saída (de férias ou licença) é serenar os ânimos, apaziguar o cenário, mas não está fácil.