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“Jaraguá está em boas mãos”, diz presidente do PMDB

Por: Elissandro Sutil

06/10/2016 - 00:10 - Atualizada em: 06/10/2016 - 17:06

Mais uma vez, o deputado estadual licenciado e secretário de Estado, Carlos Chiodini, mostrou sua capacidade de articulação ao conduzir o partido para vitória nas urnas em Jaraguá do Sul, depois de quase três décadas.

O presidente do PMDB no município avalia que o principal desafio da gestão Antídio Lunelli e Udo Wagner (PP) será fazer o que foi proposto na campanha, a economia crescer, desburocratizar e modernizar a máquina pública. Na entrevista a seguir, Chiodini também fala sobre seus planos políticos e sobre o desempenho da sigla na região.

Como presidente do PMDB, como o senhor avalia a eleição majoritária em Jaraguá do Sul? O que explica o resultado?

Positivo. Construímos a melhor nominata de vereadores, a melhor coligação. Elegemos sete vereadores, três do PMDB, três do PP e um do PTB. E tem a virtude dos nossos candidatos. Antídio é um empresário de sucesso, simboliza a história de Jaraguá do Sul. Udo é empresário, político, voluntário. Isso tudo sensibilizou. Jaraguá está em boas mãos.

PMDB e PP fizeram três vereadores cada. Essa deve ser a principal composição do governo Antídio Lunelli?

Principal sim, mas não a única. Mais partidos ajudaram e todos têm o direito de opinar e estar no campo de batalha. Mas, claro, essa será a força maior, temos uma relação pacífica e produtiva de quatro anos com o PP, que foi renovada por mais quatro anos.

O PMDB não teve o resultado esperado na região, perdendo Guaramirim, Schroeder e, apesar de ter vencido, não sabe se assumirá Massaranduba. Na sua avaliação, o que aconteceu?

Quanto a Massaranduba, o processo está em tramitação, temos o último recurso no TSE. O Tassi foi eleito com mais 60% dos votos, caso não consiga reverter a decisão, haverá nova eleição. Com a larga vantagem que tivemos, vamos buscar a vitória. Schroeder e Guaramirim foi uma fatalidade. Nós tínhamos ótimos candidatos, ótima nominata de vereadores. A diferença foi de 100 votos em Schroeder e 200 em Guaramirim. São coisas que acontecem. Não existem culpados, nossos candidatos eram bons, mostraram que têm apelo popular. Não considero o resultado negativo. A gente aumentou a votação em Schroeder, em Guaramirim e, na região, o voto no 15 foi maioria.

Por que o PSDB decidiu não fazer parte da coligação, já que tudo se encaminhava para isso?

Nós vínhamos fazendo reuniões semanais com lideranças do PSDB, no entanto, não foi muito claramente conduzido isso. O PP chegou a abrir mão da vaga de vice, ia ficar sem nada, e, em contrapartida, queria sugerir um nome para o PSDB. O PSDB acabou não entendendo e tomou a decisão de ir com o PSD. Então fechamos PMDP, PP, PTB, PCdoB, Democratas e PRB e fizemos uma bela eleição. Agora temos oportunidade de fazer uma administração com menos compromissos partidários.

Para o senhor, qual será o grande desafio da gestão do PMDB, que há 28 anos não administrava a Prefeitura de Jaraguá do Sul?

Enfrentar os desafios de modernidade da gestão, simplificar os processos, desburocratizar a máquina pública, ouvir os empreendedores, retomar o crescimento, gerar emprego, acelerar a economia. Tudo isso é uma grande tarefa. Ganhamos a eleição com essa proposta e essa tem que ser a pauta do governo.

O seu nome vem sendo cada vez mais estadualizado, o senhor foi citado como possível candidato a governador no futuro por Eduardo Pinho Moreira. Nos seus planos está a candidatura à Câmara Federal, em 2018?

Tenho tido oportunidades importantes, o convite do governador Raimundo Colombo e do vice Pinho Moreira para comandar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, o trabalho partidário como presidente da Fundação Ulisses Guimarães, me orgulha o mandato de deputado estadual. Mas também existe a oportunidade e a região tem carência de um deputado federal, ainda é cedo para delimitar, mas existe essa possibilidade. Estamos trabalhando para isso.

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Cautela para montar equipe

Emanuela Wolff (PMDB) continua sendo o único nome cotado para compor o governo de Antídio Lunelli (PMDB). Por telefone ontem, o prefeito eleito disse que nesse momento é preciso ter cautela, avaliar todos os cenários e fazer as melhores escolhas. “Muitas coisas precisam ser observadas.

Não queremos errar. É preciso ser inteligente e estratégico”. A primeira reunião oficial com o prefeito Dieter Janssen (PP) acontecerá na próxima semana, mas as conversas informais já tiveram início. Números e projeções já começaram a ser analisados pelo empresário.

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Compra cancelada

Com a repercussão negativa nas redes sociais, o presidente da Câmara de Vereadores, José de Ávila, anunciou que desistiu de comprar um carro novo para o Legislativo jaraguaense. O anuncio foi feito após o vereador Eugênio Juraszek (PP) questionar a aquisição e informar que recebeu vários pedidos de munícipes para que a compra fosse suspensa. O edital previa a compra de um veículo 0 km, no valor de R$ 120 mil.

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EM FOCO

Elias Raasch mais uma vez provou que entende de política, de eleitor e estratégia. Foi ele também o marqueteiro de Dieter Janssen e de Carlos Chiodini. Ao
lado dele, o jornalista Fabio Lima fez um trabalho diferenciado, competente, que contribuiu para o resultado nas urnas. Bela dupla.

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José de Ávila entregou ontem a sua defesa à comissão processante que avalia a perda do seu mandato. O presidente da comissão, Jeferson Oliveira (PSD), ainda não avaliou o conteúdo e diz que só depois disso marcará o julgamento.

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Antídio Lunelli concorda com o presidente do PP, Ademir Izidoro, e diz que Dieter Janssen deve buscar uma vaga na Assembleia Legislativa, fazendo dobradinha com Carlos Chiodini, em 2018. “Eles já têm meu apoio”.

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“Creche de madrugada, aumento de 20% aos servidores, hospital no município, tudo isso nós vamos cobrar”. Discurso do vice-prefeito Loriano Rogério da Costa (PSDB), que viu seu partido ser derrotado por João Gottardi (PP) em Corupá.  No discurso inflamado, feito na tribuna da Câmara, Loriano da Costa chegou a dizer que ‘mata’ quem o chamar de ladrão. “Nunca roubei nada, saio com dívida da Prefeitura, o que eu ganho, eu gasto com o povo”.

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Ivo Konell (PSB) foi quem mais declarou ter gastado na campanha à Prefeitura, foram R$ 199 mil, sendo R$ 163 mil de recursos próprios. Em segundo lugar ficou Antídio Lunelli, com declaração de R$ 163 mil, sendo R$ 104 mil de recursos próprios. Depois, Jair Pedri (PSD) declarou ter gastado R$ 66 mil, com R$ 10 mil do próprio bolso. E, por último, Luiz Ortiz (PT) fez uma campanha com apenas R$ 12 mil, com R$ 1 mil de recursos próprios.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP