Em dois anos, muitos analistas passaram da euforia ao descrédito sobre a América Latina, afirma Enrique Garcia, presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). E isso, segundo ele, piora com a situação política, que se apresenta como o maior risco para a região. Sem entrar no mérito do impeachment de Dilma Rousseff, o economista, cuja instituição aprovou no total US$ 12,2 bilhões (R$ 39,9 bilhões) em projetos no ano passado, lembra que os prognósticos agora são sombrios e adverte: um Brasil que cresce pouco não é um problema apenas para os brasileiros, mas para todo o continente. “Para mim, o maior risco para a América Latina é sua situação política. E os desafios do Brasil são os mesmos da região: restabelecer a estabilidade política e o diálogo. Não vou entrar no juízo de valor do que aconteceu no país (impeachment de Dilma Rousseff), mas a missão deste novo governo é avançar para evitar que existam graves desequilíbrios macroeconômicos, além de criar uma agenda, para que a administração seguinte chegue com algum espaço de ação, além de atrair investimentos”, avaliou.
Garcia diz que é necessário fazer um planejamento de longo prazo em um ambiente democrático, onde a ideia de país supere as disputas partidárias. O presidente do CAF lembra que a América Latina segue como a parte mais desigual do mundo e que há um risco muito grande de que as pessoas que subiram para a classe média nos últimos anos regridam à pobreza caso a situação piore. Se o crescimento chinês e o apetite do país por produtos básicos geraram uma época de bonança para os países da América Latina, agora a região paga por não ter diversificado a economia, quando os preços destes produtos estão baixos. Isso explica parte dos problemas fiscais, ainda mais graves no Brasil, que vive uma das maiores recessões de sua história. Assim, na opinião de Garcia, o ajuste fiscal que o Brasil tem de fazer deve levar em conta a necessidade de investimentos para reposicionar o país, que precisa apostar em produtos de maior valor agregado, não apenas em matéria prima.
Los hermanos
Segundo a Federação das Indústrias de SC (Fiesc), a Argentina foi o terceiro principal destino dos produtos catarinenses no ano passado, com 6% de participação no total embarcado pelo Estado. Ficou atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Entre os produtos mais embarcados para o país vizinho, estão laminados de ferro, bombas e compressores de ar, motores e geradores elétricos, itens desenvolvidos por empresas da região Norte, ArcelorMittal, Schulz e WEG.,
Vestibular Católica
Estão abertas até 8 de novembro as inscrições para o Vestibular de Verão 2017 da Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville. A taxa de inscrição promocional custa R$ 55,00 até o dia 31 de outubro. A partir de 1º de novembro, o valor sobe para R$ 75,00. A prova acontece no dia 19 de novembro (sábado), das 14h30 às 18h30. A Católica SC oferece 11 opções de cursos em Jaraguá do Sul e a novidade é a oferta da nova graduação de Design de Moda. As aulas iniciam no primeiro semestre de 2017.
Leilões com estrangeiros
O governo federal quer atrair grupos estrangeiros para os próximos leilões de concessão e privatização que estão em planejamento. O objetivo é elevar a competição pelos ativos num momento em que o governo precisa reaquecer a economia em recessão e encontrar novos investidores para substituir as grandes empreiteiras do país, afetadas pela Operação Lava Jato. Está marcada para hoje a primeira reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), cuja criação foi uma das primeiras medidas de Temer Golpista logo após assumir a presidência, na época ainda de forma interina. Após a reunião, no Palácio do Planalto, o governo deve anunciar um pacote de concessões que deve incluir os aeroportos de Fortaleza, Florianópolis, Salvador e Porto Alegre, além de projetos nas áreas de rodovia, ferrovia, portos e saneamento.
Seara contrata Robert de Niro
O ator norte-americano Robert de Niro, “fã da alta gastronomia”, estreia a campanha de uma linha gourmet da Seara. O comercial foi gravado na Província de Parma, na Itália, dividido em duas partes. Segundo a empresa, o primeiro filme apresenta o presunto de Parma Seara Gourmet. Cenas de uma Salumeria com fatiadores e mestres parmeiros trabalhando, enquanto o locutor diz: ‘Província de Parma, Itália. Tem algo nesse lugar, tão especial, que cria o presunto mais famoso do mundo’. No fundo do corredor, uma luz ilumina a porta e revela Robert de Niro. No outro filme, é apresentada toda a linha Seara Gourmet, cujas embalagens são inspiradas em rótulos de vinho. Ao todo, a linha é composta por 16 itens, como o presunto, produzido em Parma, a costela suína com molho barbecue e o hambúrguer de carne da raça escocesa Angus. O valor do cachê do ator não foi divulgado.
O conhecimento científico
Quando nos defrontamos com os resultados da ciência, perguntamo-nos se tal constatação é realizada no plano das ideias. Quase sempre esse processo torna-se efetivo a partir dos resultados da própria capacidade de instrumentação do ser humano, em que os mesmos chegam ao conhecimento como um produto acabado. Isso pode ser percebido através de um aparelho, uma publicação, ou uma informação transmitida por um suporte material qualquer. A simples tarefa de ligar um computador, ou apertar um botão de um elevador, evidencia a nossa percepção sensitiva e o conhecimento tornado possível pela ciência. Toda a parafernália que faz parte do nosso mundo material e cultural está presente para atestar a nossa dependência da tecnologia. E como a tecnologia pode ser considerada um subproduto da ciência, ao darmos utilidade aos instrumentos e equipamentos de produção, aos processos de consumo e atividade econômica, também se torna evidente a nossa singular dependência da própria ciência.
Nesse contexto, o conhecimento científico, como resultado de um processo metodológico de abstração cognitiva, possui seu dinamismo próprio e encontra-se em constante expansão, em que seus limites não podem ser precisados. Mesmo assim, a capacidade de invenção sempre estará vinculada à reflexão crítica dos fenômenos da natureza, que só podem ser parametrizados no mundo empírico, de modo a descobrir as suas causas e efeitos no campo do rigor científico. Nesse sentido, a filosofia e a ciência se aproximam da tecnologia, no momento em que se discute a neutralidade ou não do conhecimento científico, no sentido de saber se o mesmo está direcionado para atender as necessidades da sociedade. Pode-se dizer que, nesse caso, o cientista e o filósofo convivem no mesmo indivíduo. A percepção do cientista se inicia fazendo uma reflexão sobre o problema que resulta de uma ocorrência pesquisada.
E a reflexão é uma “construção da razão” própria do universo da filosofia. No entanto, o que marca uma diferença entre ambos é o grau de profundidade com que os indivíduos desenvolvem a capacidade de reflexão em diferentes setores do saber humano. A conexão está apenas em saber se no campo da ciência, o uso que fazemos dela assume aspectos morais ou não.