Novos navios de guerra da Marinha serão construídos no litoral catarinense

Estaleiro em Itajaí vai construir navios de guerra brasileiros – Foto: Projeto Águas Azuis/Divulgação

Por: Pedro Leal

16/06/2022 - 13:06 - Atualizada em: 16/06/2022 - 14:06

O Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, vai ser o responsável pela construção de quatro navios de guerra que vão integrar a frota da Marinha. Serão quatro navios Classe Tamandaré de última geração, com entrega prevista entre 2025 e 2028. As informações são do ND+.

O contrato bilionário para a construção foi assinado em 2020 e na próxima terça-feira (21), o primeiro protótipo do primeiro navio deve ser apresentado pela EMGEPRON, empresa estatal independente vinculada ao Ministério da Defesa.

O estaleiro foi comprado pela Thyssenkrupp. O projeto prevê uso de tecnologia alemã e brasileira, e quer reinserir Santa Catarina no mercado da indústria naval.

A Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS) informou que o ThyssenKrup Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), conta com 150 funcionários que já estão trabalhando no primeiro modelo de demonstração e os primeiros cortes de aço. A empresa projeta contratar até 800 funcionários que vão construir as fragatas até as suas respectivas entregas à Marinha do Brasil. Segundo Paulo Alvarenga, CEO da Thyssenkrupp South America, “a nossa mais recente unidade no Brasil, a thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, segue com operações em ritmo acelerado”.

O Programa Classe Tamandaré, segundo a Thyssenkrupp, tem potencial de gerar empregos diretos e indiretos de alta qualificação. Prevê um modelo de parceria nacional com habilidade de transferência de tecnologia e de qualificação de mão de obra local, garantindo o desenvolvimento de futuros projetos estratégicos de defesa no Brasil.

As fragatas

As fragatas classe Tamandaré que vão ser construídas em Santa Catarina terão 107,2 metros de comprimento, boca máxima de 15,95 metros, deslocamento de 3,5 mil toneladas, sensores de última geração, além de excepcional estabilidade e adaptabilidade, com centro de sobrevivência “two island philosophy”, projeto modular para múltiplos usos, conferindo alta capacidade de combate e resiliência no mar.

A fragata terá condições de enfrentar as demandas de navegação do Oceano Atlântico e será equipada com lançadores de mísseis e torpedos. Haverá também recursos stealth, de redução de visibilidade ao radar. A capacidade é para 136 tripulantes, mais um helicóptero, capaz de realizar operações antissubmarino, e um drone, veículo não tripulado, com capacidade para pouso e decolagem verticais.