Atualmente, 43% do material reciclável recebe destino correto em Jaraguá do Sul, conforme análise da Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama). Dados do programa Recicla Jaraguá mostram que, em agosto, foram recolhidos 364 toneladas de materiais, um aumento de 6,31% em relação a julho, quando foram coletadas 342,4 toneladas. O número de caminhões para coleta também aumentou de 196 para 216.
A proporção de material reciclável em relação ao total de resíduos sólidos domiciliares chegou a 13,1% em agosto. O índice representa um avanço de 35% frente aos resultados obtidos em 2014, quando a proporção era de 9,7%. Atualmente, 30,2% de todo o lixo produzido na cidade são recicláveis, enquanto 51,82% são compostos orgânicos e 17,98% rejeitos.
Em agosto, o número de cargas coletadas cresceu 10,2%, elevando a média do ano para 224,1 cargas por mês. O número fica abaixo da média observada em 2015, quando registrou-se média de 282,1 cargas mensais, a maior média nos últimos três anos. Entretanto, segundo a Fujama, o cenário está relacionado à quantidade de lixo comum produzido na cidade.
Isso porque, apesar do aumento na produção de lixo, o crescimento populacional da cidade foi mais elevado. Nos oito primeiro meses deste ano foram gerados 20,4 toneladas de lixo, o que praticamente equivale ao recolhido em todo o ano de 2010. Entretanto, a população do município cresceu 16,8% entre 2010 e 2016, o que representa uma queda na produção de lixo per capita, aponta a avaliação.
Segundo a entidade, o incremento populacional é o fator que mais repercute na geração de lixo. Entre janeiro e agosto, a população produziu 2.993,5 toneladas de lixo comum, um aumento de 2,9% em relação a 2015.
De acordo com o presidente interino da Fujama, Cesar Rocha, o programa tem superado as expectativas do poder público e colocou Jaraguá do Sul em um patamar de destaque entre as cidades catarinenses. “A ação tem sido muito produtiva. Agora, continuamos a trabalhar na formação da segunda etapa, que envolve o lixo orgânico. Esta etapa é mais complexa, pois representa uma mudança de hábito, mas aos poucos vamos trabalhar esta questão”, explica Rocha.
Desde a criação do programa, em 2013, já se evitou que 12.686,7 toneladas de material reciclável fossem para o aterro sanitário. O número representa 8.655 cargas, uma economia de mais de R$ 2,8 milhões. Conforme a Fujama, o município gasta R$ 330 por tonelada para transportar os resíduos urbanos até o aterro de Mafra, o que representa um gasto de R$ 12 milhões ao ano.