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Jaraguá do Sul Park Shopping tem novo dono

Foto: Aquivo OCP News

Por: Pedro Leal

09/05/2022 - 10:05 - Atualizada em: 09/05/2022 - 12:37

O Jaraguá do Sul Park Shopping terá um novo dono. Outrora do Grupo Breithaupt e vendido ao grupo mineiro Tenco em 2016, o estabelecimento teria sido agora vendido ao grupo paulista Partage, segundo informações do Terra. O valor do negócio não foi informado.

A aquisição seria parte de um plano bilionário de investimentos que combina aquisições e abertura de empreendimentos. O objetivo é ganhar escala, explorar sinergias e defender o próprio negócio em uma indústria que caminha para consolidação – o principal exemplo está na fusão das líderes Aliansce e BRMalls.

Além do Jaraguá do Sul Park Shopping, a empresa comprou do grupo Tenco o shopping Arapiraca Garden, em Alagoas. Os ativos foram vendidos pela Tenco por valores não revelados pelas empresas.

Segundo fontes de mercado, cada empreendimento tem valor estimado na faixa de R$ 450 milhões a R$ 500 milhões. No caso do Jaraguá, a Partage ficou com 100% do imóvel, enquanto em Arapiraca assumiu uma posição majoritária.

A reportagem entrou em contato com a administração do shopping sobre e aguarda uma resposta.

O Tenco assumiu o Jaraguá do Sul Park Shopping em 2016. Antes, o empreendimento pertencia ao grupo Breithaupt, que abriu mão do empreendimento como parte de um plano de readaquação de mercado iniciado em 2013 e que culminou com a venda em 2016.

O espaço foi inaugurado em 1999, onde antes era o supermercado Breithaupt. Na época, se chamava Shopping Breithaupt, até ser rebatizado como Jaraguá do Sul Park Shopping e passar por uma ampliação, concluída em 2015.

“Apesar dos desafios macroeconômicos vistos agora, este é um mercado que requer visão de longo prazo. Estamos comprando e desenvolvendo esses shoppings para ficarem com a gente, não para serem vendidos em seguida”, ressalta o diretor Comercial e de Novos Negócios da Partage, Adriano Capobianco, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Na sua avaliação, há demanda de varejistas para abertura de lojas em shoppings, desde que esses empreendimentos estejam em áreas estratégicas.

“Mesmo com pandemia, tivemos resultados muito bons ano passado, o que nos deu confiança de que podemos ampliar as operações”, argumenta.

As vendas dos lojistas do grupo movimentaram R$ 2,3 bilhões em 2021. Para 2022, a expectativa é chegar a R$ 3 bilhões, um aumento de 30%.

Embora esteja em franco crescimento, a Partage trata uma eventual fusão como um tema fora da agenda neste momento. “Hoje não está nos planos. No futuro, não sei”, comenta o executivo. O mesmo raciocínio vale para uma eventual abertura de capital em Bolsa (IPO, na sigla em inglês).

“As aquisições vão nos permitir entrar em mais dois novos Estados onde ainda não estávamos presentes. E os greenfields (novos projetos) vão nos colocar em duas novas capitais”, diz Capobianco, referindo-se às duas aquisições e a shoppings previstos para São Paulo e Brasília.

O mercado de shoppings ainda é muito pulverizado no Brasil. Juntas, as maiores do ramo – BrMalls, Aliansce, Multiplan e Iguatemi – têm menos de 20% de participação do mercado – o que indica que há espaço para consolidações com o passar dos anos.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).