O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusou, nesta terça-feira, a Polícia Federal de perseguição após a divulgação de um laudo que afirma não haver sinais de adulteração num vídeo de uma orgia registrada em 2018, em que a imagem de um homem tendo relações sexuais com várias mulheres é associada a ele. As informações são do jornal O Globo.
O documento foi elaborado pelo perito da Superintendência da PF em São Paulo e produzido no âmbito de um inquérito requisitado por Doria para apurar difamação eleitoral.
O teor do laudo sobre o vídeo divulgado às vésperas das eleições foi antecipado pela revista Crusoé e confirmado pelo jornal O Globo.
Nele, o técnico afirma que não foi “encontrando sinais de adulteração nas imagens examinadas.”
O laudo afirma, contudo, que tentou identificar as mulheres que aparecem no vídeo, mas que por causa da falta de qualidade das imagens, isso não foi possível.
O pré-candidato tucano à Presidência da República afirmou que a PF “decidiu ressuscitar a investigação de um caso da eleição de 2018” (quando disputava o segundo turno e o vídeo começou a circular em redes sociais) e que se tornou “o maior crime eleitoral já realizado contra um candidato na história do Brasil, justamente quando se aproximam as próximas eleições presidenciais”.
Em nota, o governador disse que ficou surpreso com a divulgação do laudo já que outros, independentes e produzidos na época em que as imagens viralizaram, comprovaram, afirmou ele, que “o vídeo em questão é uma fraude primária”.
“É revoltante que a Polícia Federal não tenha investigado os autores do crime em 2018. Agora, quatro anos depois do episódio, utiliza essa fake news não para elucidar o caso, mas para atingir a vítima desta armação sórdida”, disse Doria.