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“A Bielorrússia nos traiu”, diz embaixador ucraniano

Por: Pedro Leal

24/02/2022 - 13:02 - Atualizada em: 24/02/2022 - 13:55

O embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko, disse hoje (24) que a Ucrânia foi traída pela Bielorrússia – nação que faz fronteira ao Norte com a Ucrânia. As informações são da Reuters e da RTP

“Quem nos traiu foi a Bielorrússia. Mísseis e tanques estão vindo de lá, passando pela Bielorússia e isso é inesperado. Eles são nossos vizinhos. Nós sabíamos quão ruim é o ditador [Alexander Lukashenko], mas não sabíamos que ele iria nos trair pelo norte”, afirmou.

A Bielorrússia é considerada um território estratégico já que, a partir de lá, é mais fácil chegar a Kiev – capital da Ucrânia.

Prystaiko disse que, apesar dos alertas de que Putin poderia invadir o país, para muitos ucranianos é impensável o que está acontecendo. Por outro lado, muitos cidadãos acreditam que o conflito poderia, inclusive, ter começado antes. “Muita gente acreditava nisso [invasão russa], por isso estávamos tentando entrar na Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”.

“Os russos estão tentando entrar em nossos territórios por várias cidades. Civis e militares estão sendo mortos enquanto estamos aqui. É muito difícil a gente se defender pois eles estão bloqueando o mar. A gente não tem acesso ao Mar de Azov e ao Mar Negro”.

De acordo com informações divulgadas em agências internacionais, os russos estão invadindo o país também pela Crimeia, território anexado em 2014.

O embaixador ucraniano disse esperar que Putin reconsidere “seriamente” o que está fazendo. Segundo ele, o maior desafio agora é definir como retirar pessoas da Ucrânia. “Sem esquecer que o espaço aéreo está fechado, não tem voos comerciais, eles nos fecharam em nosso território”, lamentou.

O Kremlin disse nesta quinta-feira que a duração da operação militar da Rússia na Ucrânia dependia de como ela avançaria e de seus objetivos, e que o ataque deveria idealmente limpar o país dos “nazistas” e “neutralizar” o potencial militar de Kiev.

Em uma conferência telefônica com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que ninguém estava falando em ocupar a Ucrânia e que era “inaceitável” usar a palavra para descrever o contexto da operação da Rússia.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).