A cartomante conhecida como “Mãe Priscila” foi condenada pelo Poder Judiciário catarinense a 21 anos de prisão por sete estelionatos e 12 crimes de extorsão. Além do tempo presa, ela ainda terá que devolver R$ 321.149,77 às vítimas.
Mãe Priscila foi presa no dia 24 de fevereiro de 2021 no Paraná. A mulher estava foragida desde o dia 7 de outubro de 2020, quando desapareceu de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
De acordo a Polícia Civil de Chapecó, havia mais envolvidos nos golpes. Um deles faleceu durante o trâmite do processo e o outro foi absolvido em primeira instância, mas o Ministério Público está recorrendo da decisão. Uma quarta pessoa envolvida foi condenada a quatro anos e 8 meses de prisão e também terá que devolver R$ 221.099,00 para as vítimas.
Relembre o caso
A cartomante liderava uma associação criminosa que pode ter gerado prejuízos de mais de R$ 900 mil. Este grupo foi alvo da operação batizada de “Vigário”, coordenada pela Polícia Civil catarinense na cidade de Curitiba (PR) em 7 de outubro de 2020.
De acordo com o delegado Thiago Oliveira, da 1ª DP de Chapecó, a investigação começou no início de 2020 com boletins de ocorrência e relatos de pessoas que procuraram a cartomante, que prometia resolver os problemas das vítimas.
As consultas com a mulher custavam cerca de R$ 50, mas conforme o delegado informou na época, algumas pessoas pagavam quantias exorbitantes. Uma vítima chegou a entregar R$ 270 mil para a cartomante.
Para algumas pessoas a mulher pedia as altas quantias alegando que faria uma corrente e benzeria o dinheiro, garantindo que devolveria. A promessa não era cumprida e ela jamais devolvia o dinheiro. Quando as vítimas cobravam a devolução, eram intimidadas pelos outros membros do grupo.
Além de intimidar quem cobrava os valores ou questionava o resultado do trabalho prometido, as outras três pessoas que trabalhavam com Mãe Priscila também cediam as contas pessoais para depósito dos valores recebidos pela cartomante.