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A CBF vai criar a “série E” do Brasileirão?

João Pedro da Silva Souza (E) defendendo Jaraguá do Sul na fase regional dos Joguinhos Abertos de SC | Foto: Paulinho Sauer

Por: Pedro Leal

04/01/2022 - 10:01 - Atualizada em: 04/01/2022 - 10:17

Seria hora de criar uma “Série E” do futebol Brasileiro? O assunto foi levantado pelo comentarista esportivo da TV Brasil, Luiz Ademar. Ele acha que sim.

Luiz Ademar aponta que a falta de calendário anual para os times menores é uma reclamação constante de diversos clubes de futebol espalhados pelo Brasil – após os Estaduais, dezenas de times fecham as portas no segundo semestre de cada ano.

Com isso, segundo ele, vários jogadores, treinadores, preparadores físicos e de goleiros, massagistas, roupeiros, entre outros profissionais, ficam desempregados. No máximo, algumas equipes deixam apenas as categorias de base ativas.

As competições nacionais atuais deixam de fora vários clubes de tradição de todo Brasil. Na Série A, ou Primeira Divisão, temos 20 participantes. O mesmo acontece nas Série B e C, com 20 equipes em cada uma. São 60 times nas três principais divisões do Campeonato Brasileiro, com mais 64 correndo atrás do título da Série D, ou Quarta e última divisão. São 124 clubes participando das quatro divisões do futebol brasileiro.

Em Santa Catarina, o Joinville ficou de fora do calendário nacional. Na mesma situação estão equipes como o Gama, do Distrito Federal, o Luverdense, do Mato Grosso, o Treze, da Paraíba, e o Imperatriz, do Maranhão.

“O certo é que a falta de um calendário anual para diversos clubes do futebol brasileiro resulta em perdas financeiras”, afirma o comentarista. “Além disso, deixa vários jogadores e outros profissionais que vivem do futebol desempregados, com vários estádios inativos e muitas vezes sem eventos esportivos em muitas cidades. Os times, claro, têm interesse na criação da Série E do Campeonato Brasileiro”, completa.

A CBF conhece o assunto a fundo e esboçou, em um passado recente, a possibilidade de organizar uma nova competição nacional. Porém, as providências não foram tomadas e tudo caiu no esquecimento, principalmente após a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).