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Copa do Mundo a cada dois anos geraria R$ 25 bilhões a mais, diz Fifa

Foto: Divulgação

Por: Elissandro Sutil

21/12/2021 - 17:12 - Atualizada em: 21/12/2021 - 17:43

Apesar das críticas negativas, a Fifa continua com o plano de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos.

Em uma reunião virtual no “Fifa Global Summit”, na segunda-feira (20), a organização apresentou a 207 associados dois estudos independentes sobre os ganhos financeiros que a Copa do Mundo a cada dois anos traria ao futebol.

Conforme as consultorias Nielsen e OpenEconomics, o faturamento aumentaria em US$ 4,4 bilhões, passando de US$ 7 bilhões para US$ 11,4 bilhões por ciclo. Esse valor representa R$ 25 bilhões de reais com ingressos, publicidade e direitos de transmissão.

Deste valor, US$ 3,5 bilhões seriam destinados às federações associadas à Fifa, cada uma delas recebia até US$ 25 milhões.

O repasse para cada membro aumentaria em 50%, cerca de US$ 9 milhões por ciclo de quatro anos.

“Nossa intenção é ajudar a preencher a lacuna entre as associações-membros e dar ao maior número delas uma chance mais realista de jogar no cenário global”, disse o presidente da Fifa, Giovanni Vincenzo Infantino.

A reunião foi apenas para a Fifa convencer seus membros, não houve nenhuma votação sobre o projeto.

Infantino ainda negou que a Copa a cada dois anos levaria a uma perda de prestígio do torneio, afirmando que “o bolo só fica maior”.

Segundo o OpenEconomics, caso a Copa do Mundo masculina fosse realizada a cada dois anos, seriam gerados mais de US$ 180 bilhões de produto interno bruto (PIB) em um período de 16 anos.

Além disso geraria mais de dois milhões de empregos em tempo integral.

A mudança seria válida tanto para o futebol masculino quanto feminino.

Haveria também a alteração do calendário esportivo, tendo menos viagens e mais períodos de descanso aos atletas.

Os próximos estudos de viabilidade completos serão publicados nos próximos dias, informou Infantino. Porém, ele não se comprometeu a colocar a votação no Congresso da Fifa no Catar em março.

Polêmicas

A Uefa, que coordena o futebol europeu, a Conmebol, que coordena o futebol sul-americano, e diversos clubes europeus e federações se manifestaram totalmente contra essa mudança no calendário do futebol mundial.

Na semana passada, a Nations League anunciou que as seleções da América do Sul jogarão o campeonato a partir de 2024, numa clara reposta da Uefa e da Conmebol à intenção da Fifa da Copa do Mundo a cada dois anos.

Hoje a Nations League é disputada apenas por seleções europeias. Mas a ideia é que as seis sul-americanas melhores ranqueadas – Argentina, Colômbia, Uruguai, Peru e Chile – participassem de uma espécie de 1ª divisão, ou Liga A da Nations.

As outras quatro seleções – Paraguai, Equador, Venezuela e Bolívia – seriam adicionados à Liga B.

 

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP