Um vereador da cidade de Urussanga foi preso durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, prisão temporária e afastamento dos serviços públicos nesta segunda-feira (13).
A prisão ocorreu pela prática do crime de posse irregular de arma de fogo. A operação porém, denominado “Hera” investiga a prática de crimes de extravio e sonegação em contratos municipais que ultrapassam um R$ 1 milhão.
“Estamos buscando documentos, celulares, computadores que são de interesse da investigação da polícia. Há situações envolvendo a Fundação do Meio Ambiente, a secretaria da Administração por meio do setor de licitações, a secretaria de agricultura e educação”, informou o delegado da comarca de Urussanga, Ulisses Gabriel.

Cerca de 100 policiais participam de operação.
Mais 27 mandatos cumpridos
As investigações começaram em julho de 2021 visando apurar crimes possivelmente perpetrados no âmbito da Fundação Ambiental Municipal de Urussanga, especialmente os crimes de extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais e organização criminosa.
Participação de membros do Legislativo
Logo após o início das apurações, constatou-se a suspeita da possível prática de mais crimes no âmbito do município de Urussanga, com a participação de membros do Poder Legislativo de Urussanga.
Ao longo da investigação, foram identificados possíveis crimes de peculato, extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais, crimes licitatórios, advocacia administrativa e organização criminosa.
Mandatos
Face às circunstâncias, representou-se por 18 buscas e apreensão, 7 afastamentos cautelares de função pública, 2 prisões temporárias e quebra de sigilo de aparelhos telefônicos, para a colheita de mais indícios e provas.
São alvo empresas privadas, residências de particulares e servidores, além de duas secretarias municipais, setor de licitações e FAMU.
As medidas estão sendo cumpridas na manhã desta segunda-feira (12), com a participação de cerca de 85 policiais civis das regiões de Laguna, Tubarão, Araranguá e Criciúma, com apoio do Gaeco de Criciúma e sob a coordenação da Delegacia de Polícia de Urussanga. A partir de agora serão ouvidas 40 testemunhas.
O valor dos contratos que estão sendo investigados gira em torno de um milhão de reais.
O nome da operação, “Hera”, é em referência a grande Deusa da natureza, fazendo referência ao início das investigações junto à Fundação Ambiental.
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