Na manhã desta quinta-feira (18), um Porsche foi apreendido em Itapema, no Litoral Norte catarinense, durante uma operação da Polícia Federal (PF) contra o tráfico internacional de drogas.
A Operação Calvary foi realizada em conjunto com a Receita Federal. Cerca de 150 policiais federais e oito servidores da RF participam da ação.
Ao todo, foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária e sete mandados de interdição de atividade econômica em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Mato Grosso.
Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Federal de São Paulo/SP e englobam ainda o sequestro de 28 imóveis, diversos veículos (incluindo carros avaliados em mais de R$ 600 mil) e valores custodiados em contas bancárias de 53 pessoas físicas e jurídicas.
Também foi determinado o sequestro de um navio de longo curso, o qual pertenceria ao grupo criminoso investigado e seria utilizado no transporte transoceânico de cocaína, bem como foi determinada a interdição da atividade de uma rede de postos de combustível da Bahia.
Ao todo, estima-se que os bens apreendidos/sequestrados durante a investigação superam R$ 50 milhões.
Conforme a PF, o grupo articulou a exportação de 2,7 mil quilos de cocaína, em outubro de 2020, a partir do Porto de São Sebastião/SP, utilizando navio que tinha como destino final a cidade de Cadiz, na Espanha.
No entanto, parte da droga acabou apreendida no Brasil (1,5 mil quilos), durante fiscalização conjunta da PF e RF, e a outra parte na Espanha (1,2 mil quilos), após comunicação da PF às autoridades policiais daquele país e atuação da Europol.
Durante as investigações, ainda foram determinados afastamentos do sigilo bancário e fiscal de 66 pessoas, incluindo 39 pessoas jurídicas suspeitas de serem utilizadas pelos investigados para prática de lavagem de dinheiro.
A operação foi batizada de Calvary em alusão ao cemitério no qual Don Corleone, do filme “O Poderoso Chefão I”, foi sepultado, uma vez que o suposto líder da organização criminosa é chamado pelos demais integrantes do grupo de “Don”, em referência ao personagem.