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IGP recebe mais de R$ 3 milhões para descobrir autores de crimes sexuais

Foto Divulgação/IGP

Por: Ewaldo Willerding Neto

26/08/2021 - 06:08 - Atualizada em: 26/08/2021 - 08:28

Instituto Geral de Perícia de Santa Catarina (IGP) receberá um reforço de R$ 3.595.020,00 para investir em novas tecnologias utilizadas na apuração da autoria de crimes sexuais. Os recursos são do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), que aprovou o projeto apresentado pelo órgão pericial destinado à compra de equipamentos. Trata-se do terceiro maior projeto já aprovado pelo FRBL em volume de recursos.

O dinheiro é proveniente de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais por danos causados à coletividade em áreas como meio ambiente, consumidor e patrimônio histórico.

Dados do Ministério da Justiça mostram que, em 2019, a taxa de estupros para cada 100 mil habitantes foi 75% mais alta em Santa Catarina do que a média dos estados brasileiros. Florianópolis, com a 23ª maior população entre as capitais, registrou naquele ano o quinto maior número absoluto de estupros – um total de 251 ocorrências.

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Os sistemas também permitirão um incremento na alimentação do Banco de Material Genético de Santa Catarina.

 

Os recursos serão investidos na compra de três sistemas de equipamentos:

  • Sistema de fonte de luz alternativa multiespectral: permite a visualização, captura e análise de imagens de manchas e vestígios biológicos em diferentes superfícies;
  • Sistema de busca automatizada de espermatozoides em lâmina: possibilita a identificação e análise mais sensível e eficiente de células espermáticas;
  • Sistema de microdissecção a laser: permite isolar as células do agressor das células das vítimas presentes em vestígios de crimes.

 

Após a aprovação do projeto, o IGP deverá cumprir o cronograma proposto para a aquisição e operacionalização dos sistemas, que inclui a montagem e a capacitação técnica dos peritos que irão operá-los. Concluído o projeto, deverá prestar contas ao FRBL da utilização dos recursos disponibilizados.

Sobre o FRBL

O Fundo para Reconstituição de Bens Lesados é administrado por um Conselho Gestor, presidido pelo MPSC e composto por representantes de órgãos públicos estaduais e entidades civis. Os órgãos públicos são de representação permanente e as entidades civis são renováveis a cada dois anos, por sorteio público.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.