Um menino de 11 anos natural de Sombrio, aguarda sentando o conserto de um equipamento de raio-x no Hospital Infantil em Florianópolis para realizar uma cirurgia ortopédica. Tiaroni Júnior tem uma má-formação na coluna e sofre com dores no local.
O aparelho, chamado de arco em C, é, segundo os médicos, essencial para realizar o procedimento, que estava agendado para 10 de maio.
A Secretaria do Estado de Saúde informou que está finalizando o edital para o conserto dos dois aparelhos arcos em C, mas não informou o prazo para a conclusão.
‘Está insustentável’, diz pai
Preparando-se desde o mês da abril para a cirurgia, o garoto está conectado a uma armação de metal com pinos implantados na cabeça. O pré-operatório transfere o peso do menino para uma estrutura de metal.
“Ele reclama sempre de muitas dores, a ponto de, em vários momentos, ter que tomar morfina para suportar a dor. Ao longo desse processo, ele já quis desistir umas duas, três vezes, de não suportar a dor, mas a gente continuava motivando ele. Imagina ficar 24 horas sentado, sem poder deitar, e com dor direto. Está insustentável”, lamenta o pai, Tiaroni de Souza Machado.
A família está desde abril na capital catarinense para realizar a cirurgia do menino. A preparação era temporária, já que a cirurgia estava marcada para o começo de maio.
Mas em função do problema com o aparelho, o procedimento teve que ser adiado. De acordo com documentos obtidos pela equipe da NSC TV, um processo de manutenção foi aberto no dia 5 de abril para realizar o conserto do equipamento.
A unidade tem outro aparelho semelhante, mas ele também não está funcionando e necessita de manutenção.
“Os médicos informaram que ele está pronto para fazer a cirurgia, só que não vão poder operá-lo porque o aparelho de arco em C, de raio-X, para fazer a cirurgia, está quebrado e eles acharam que consertariam até a data do procedimento, mas nada foi feito. Enquanto isso, ele continua sofrendo dores e esperando”, desabafa o pai.
O que diz a Secretaria do Estado de Saúde
A Secretaria do Estado de Saúde também disse que o Hospital Infantil Joana de Gusmão está preparado para fazer a cirurgia do paciente imediatamente após o conserto do equipamento.
Segundo a secretaria, Tiaroni Júnior não pode ser transferido porque o ortopedista habilitado a fazer a cirurgia faz parte do quadro clínico da unidade.
Até o momento, de acordo com a secretaria, foi necessária somente uma transferência, via Central Estadual de Regulação, de um paciente em caso de urgência para o uso do aparelho em outra unidade.
Fonte: G1SC