A DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Jaraguá do Sul identificou um homem que realizou uma ameaça de ataque a uma escola no município.
Nesta quinta-feira (13), os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do autor.
De acordo com o delegado titular da DIC Daniel Dias, a investigação começou após denúncias chegarem até a Polícia Civil na quarta-feira (12).
Diante da possibilidade de uma chacina como a de Saudades acontecer, um inquérito foi aberto para apurar quem era o autor das postagens em um perfil falso no Facebook.
Sob a alcunha de José da Silva, ele escreveu: “ainda bem que está para acontecer um massacre numa escola de Jaraguá do Sul. Devagar está chegando perto”.
O homem também injuriou trabalhadores de uma empresa e moradores de uma residência.
“Com uma série de análises de metadados e com a ajuda do Facebook, nós conseguimos identificar o proprietário da conta e de onde ele estava acessando. Ele, inclusive, confessou”, afirma Dias.
Após a identificação do local, os policiais civis pediram um mandado de busca e apreensão para o Judiciário.
Após o deferimento e a expedição da ordem judicial, os agentes foram até a casa do autor com um psicólogo e um psiquiatra.
“Nós buscamos saber se ele tinha algum tipo de arma, se ele estava preparando algum ataque ou se era uma ameaça vaga. Por volta das 19h, nós realizamos uma busca e apreendemos todos os eletrônicos. A ideia é saber se ele está sozinho ou se ele participa de algum grupo e havia pessoas incentivando ele a fazer alguma coisa”, explica.
A investigação apontou que o homem agiu sozinho e que fez aquelas ameaças para “passar um recado” para pessoas que supostamente o perseguem.
Dias conta que, a princípio, não há indícios de que o autor estivesse realmente planejando um ataque.
Não foram encontradas armas ou facas na casa dele.
“Esse homem está sendo acompanhado não só pela polícia. Nós levamos um psicólogo e um psiquiatra para saber se ele precisa de tratamento. Já foi marcada uma consulta para verificar esse quadro de doença psiquiátrica”, reitera o delegado.
Dias lembra que, em depoimento, o homem achou que não iria ser descoberto.
O delegado lembra que a Polícia Civil realiza monitoramento nas redes sociais com o intuito de coibir ações criminosas de qualquer tipo.
“Em qualquer caso, nós vamos atrás dessas pessoas e vamos responsabilizar esse tipo de ameaça”, finaliza, ao destacar que o notebook e o celular apreendidos vão passar por perícia no IGP (Instituto Geral de Perícias).
O homem deve ser autuado inicialmente por praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto.