O delegado de Polícia Jerônimo Marçal Ferreira prestou novas informações sobre o atentado desta terça-feira (4) numa creche em Saudades, no Oeste do estado. Três pessoas morreram na escola e duas em hospitais da região.
Ele confirmou a morte de três crianças, todas menores de 2 anos de idade e de duas professoras.
Uma das professoras chegou a ser levada em estado grave para a Associação Hospitalar Beneficente de Pinhalzinho, onde morreu logo depois*. Posteriormente foi informado que se trata de uma agente educativa, de iniciais M. D. C..
Uma das crianças também chegou a ser socorrida com vida, mas morreu no hospital de Saudades.
Outra criança também foi ferida e se encontra estável no Hospital Regional do Oeste de Chapecó.
“Estamos trabalhando, o IGP está deslocando pra cá, isolamos a creche para o IGP fazer o trabalho dele de perícia”, relata o delegado.
O rapaz tem 18 anos de idade e não tinha histórico policial. Ele morava em Saudades e inicialmente não tinha ligação nenhuma com as vítimas.
“Não levantamos junto à família o historico pessoal, mas policial não tinha nada”, complementa Fereira.
De acordo com o delegado, o rapaz chegou perto das 10h, de bicicleta, armado com uma lâmina, parecida com uma adaga.
Primeiro ele atacou uma professora, de iniciais K.A., que estava logo após a entrada da creche. Ela tentou correr para dentro de uma sala onde estavam as crianças e foi a primeira a ser morta.
Depois de matar a professora, ele atacou as quatro crianças que estavam na sala e uma agente de saúde que também estava dentro do local trabalhando.
Duas meninas e um menino foram mortos. A criança que sobreviveu é um menino.
Aproximadamente 30 crianças estavam na creche no momento. As professoras trancaram as portas para proteger as crianças.
O assassino foi contido por vizinhos que ouviram os gritos vindos da creche. Ele ainda tentou tirar a própria a vida, mas segundo o delegado, não conseguiu e no momento está intubado em estado grave no hospital de Pinhalzinho. A Polícia Militar está na unidade de saúde vigiando o autor.
Veja a declaração do delegado Jerônimo Marçal Ferreira, na manhã desta terça (4):
Correção às 13h06: inicialmente foi informado que a agente educativa que morreu havia sido levada em estado grave para o Hospital Regional do Oeste em Chapecó, antes de morrer. A informação foi corrigida posteriormente pelo delegado regional de Chapecó, Ricardo Casagrande, que informou que a professora foi na verdade encaminhada para o hospital em Pinhalzinho e a criança que sobreviveu é que foi levada para Chapecó.