Depois de um ano de adversidades e turbulências sem precedentes – a pandemia de Covid-19 e a crise econômica, somadas ao clamor global contra o racismo sistêmico e a instabilidade política – o Barômetro de Confiança Edelman 2021, estudo realizado anualmente pela agência global líder em Relações Públicas Edelman, revela uma epidemia de desinformação e desconfiança generalizada de instituições sociais e líderes em todo o mundo.
O relatório aponta para uma crescente lacuna de confiança em todo o mundo. Os líderes sociais rastreados no estudo – líderes governamentais, CEOs, jornalistas e até líderes religiosos – sofreram queda nas pontuações de confiança para todos.
As expectativas elevadas de negócios trazem aos CEOs novas demandas para se concentrarem no engajamento social com o mesmo rigor, consideração e energia usados para gerar lucros.
Diante deste cenário em que as expectativas de liderança das empresas aumentaram, como a reputação dos líderes pode abrir ou fechar portas, conquistando – ou perdendo – a confiança das pessoas e garantindo que informações confiáveis cheguem a seus funcionários e, por extensão, à comunidade?
Para a especialista internacional em Personal Branding e fundadora da YOUBRAND.Company, Daniela Viek, a imagem e reputação chegam antes nos lugares.
“Quem nunca julgou o post alheio que atire a primeira pedra. Você pode não conhecer a pessoa, mas, ao se deparar com uma fotografia ou vídeo online, por exemplo, já está recebendo uma mensagem e a partir de seu sistema de crenças, valores e experiências realiza um pré-julgamento”, afirma.
A reputação não se trata do que você diz a seu respeito, mas o que os outros dizem sobre você.
“Uma imagem pode ser construída e muitas vezes desalinhada com a identidade, o que acaba se tornando um grande problema com o passar do tempo, desde questões psicológicas, de relacionamento, até mercadológicas. Porém, uma imagem alinhada à identidade e uma reputação sólida abrem portas e criam oportunidades”, observa Daniela.
Uma reputação sólida, segundo ela, é construída através da congruência, que reflete na confiança, fator que está no centro de atenção de qualquer marca, seja ela pessoal ou corporativa. A especialista destaca que a reputação é o ativo intangível mais valioso para uma empresa e também para um profissional.
Algumas dicas práticas
– Primeiro, procure saber com clareza como está sua imagem e reputação mediante seus públicos, seu mercado, sua rede de relacionamento. Não dá para se movimentar “tateando” no escuro, ou pedindo apenas feedback para dois ou três amigos sobre o que eles pensam de você.
– Existem softwares no mercado que apoiam a construção do Diagnóstico da Marca Pessoal, que ajudam o cliente e o consultor no início do processo a ter um retrato com a maior exatidão possível sobre uma marca pessoal.
– Cuidado com sua marca pessoal online. Por meio de diversas ferramentas, podemos fazer um diagnóstico da presença digital e avaliar fatores como: encontrabilidade, reputação online, engajamento e presença. O negócio é ser relevante, observar fotos, vídeos, páginas e perfis que segue, comentários e o que compartilha.
É preciso ter intencionalidade no ambiente digital. Não coloque nada por lá que não colocaria em um outdoor.