Agentes do IGP (Instituto Geral de Perícias) e da Polícia Civil realizaram uma manifestação na tarde de segunda-feira (22), em Jaraguá do Sul.
O ato buscou chamar atenção para a falta de valorização dos policiais que atuam na região, principalmente durante a pandemia do novo coronavírus.
Ao todo, 30 policiais civis e 11 agentes do IGP participaram da ação.
Eles se posicionaram na frente das delegacias e do IML (Instituto Médico Legal) de Jaraguá do Sul durante cerca de uma hora.
Com o lema “Policiais São Essenciais”, os agentes de segurança pedem a vacinação da categoria e se posicionam contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 186/2019, a chamada PEC Emergencial.
De acordo com os manifestantes, o ato foi feito de maneira pacífica e não prejudicou o atendimento da população.
A mobilização foi convocada pelo sindicatos do Sinpol-SC (Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina) e pelo Sinposc (Sindicato dos Peritos Oficiais de SC).
De acordo com o Sinpol-SC, as medidas implicam no congelamento salarial por mais de uma década e a vedação a concessão de direitos legítimos dos policiais.
O sindicato reitera que os policiais civis de Santa Catarina irão completar oito anos sem recomposição salarial e ainda enfrentam o deficit de efetivo.

Foto: Divulgação
“A Policia Civil é considerada essencial no combate ao crime e até mesmo no enfrentamento à Covid-19, combatendo aglomerações e mantendo as delegacias abertas com todas as atividades funcionando, pois, os criminosos não fazem quarentena. Mesmo assim, a instituição não teve nenhum tipo de reconhecimento e, ao contrário disso, fomos duramente atacados a pandemia com a retirada de direitos e garantias constitucionais”, afirma o presidente do Sinpol-SC, Elmar Schmitt Osório.
O presidente explica que os policiais civis também foram autorizados em abril de 2020 a atuar na condição de autoridade de saúde em todo o território catarinense.
Com isso, eles tiveram que as atividades sob regramento especial durante a pandemia.

Foto: Divulgação
“A Polícia Civil não está na lista de prioridade da vacinação, mas como uma das últimas prioridades do Estado. Inclusive, estamos depois dos presos, o que não tem sentido. Queremos que seja revista essa escala. É preciso que imunizem os policiais imediatamente para que possamos atuar em defesa da segurança pública da população”, frisa Elmar.