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Luciano Hang vai à justiça para pedir que empresas possam comprar a vacina da Covid-19

Foto Divulgação

Por: Pedro Leal

12/03/2021 - 14:03 - Atualizada em: 12/03/2021 - 14:12

Liderados pelo varejista Luciano Hang, dono da Havan, e pelo controlador do Grupo Sforza, Carlos Wizard Martins, um grupo de cerca de 100 empresários recorrerá à Justiça para acelerar a distribuição de vacinas contra a Covid-19 pelo setor privado.

A decisão é uma reação ao projeto de lei sancionado ontem (10) pelo presidente Jair Bolsonaro. As informações são da revista Época.

A nova lei autoriza a compra de imunizantes por entidades privadas, mas exige que 100% das doses sejam doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS) até que os grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação sejam imunizados.

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Passada essa fase, pelo menos 50% das doses compradas deverão ser doadas ao sistema público.

Segundo o grupo, a lei traz amparo legal aos planos, mas é “ambígua” ao não permitir a distribuição privada das doses agora.

O grupo prioritário soma cerca de 70 milhões de brasileiros.

A previsão do grupo de empresários é adquirir 10 milhões de doses de imunizantes.

O plano é de que as vacinas sejam aplicadas em uma rede de 5 mil farmácias, com o apoio da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Estimando um custo aproximado de US$ 10 por dose, Wizard espera investir R$ 5,5 milhões para imunizar seus 50 mil funcionários.

Uma resolução aprovada pela Anvisa, também na quarta-feira, regulamenta a autorização temporária para que estados, municípios e o Distrito Federal importem medicamentos e vacinas para covid-19 que não possuam registro sanitário ou autorização para uso emergencial no Brasil.

Segundo Wizard, a medida amplia o leque de laboratórios com os quais o grupo pode negociar.

Grupo critica doações

O grupo também critica a exigência de que, na fase mais avançada, 50% das doses sejam doadas ao SUS.

Segundo ele, o grupo buscará meios jurídicos para antecipar a aplicação de doses entre os funcionários das empresas.

Eles citam como exemplo uma decisão da Justiça Federal do Distrito Federal, na semana passada, que permitiu a importação de vacinas contra a covid-19 por um sindicato de motoristas de aplicativo de Brasília.

Esses imunizantes devem ser aplicados nos filiados dos sindicato e respectivos familiares.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).