A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville enviou neste domingo (7) um documento para o Gabinete de Crise da Prefeitura do município sugerindo o lockdown total de atividades para conter o agravamento da crise de Covid-19.
De acordo com o documento, o pedido de lockdown se faz necessário uma vez que as medidas adotadas até o momento não foram suficientes para controlar a disseminação do coronavírus.
O lockdown total sugerido pela CDL de Joinville teria duração até domingo (14) e incluiria comércio, indústria e serviço, sem exceções, além daquelas previstas como essenciais – relacionadas à alimentação, à saúde e à higiene da população.
“Tal medida é impositiva para evitar que as normas de isolamento social possam ser burladas, de modo injusto para o comércio segmentado, por meio da venda de produtos de toda e qualquer natureza por estabelecimentos que têm a autorização para abrir apenas em razão da comercialização de produtos essenciais”, afirma a nota.
Comércio prejudicado
O documento destaca ainda que o comércio tem feito o seu papel no combate à pandemia, mas que os demais setores econômicos também precisam assumir responsabilidade.
“O lockdown só para o comércio não é capaz de frear o avanço da pandemia, pois foi o setor que mais se adaptou e contribuiu para evitar a propagação do vírus, trabalhando com máscara, álcool gel e demais medidas de higiene e distanciamento”, diz o documento.
“O pequeno comércio tem sido o mais cobrado pelas autoridades e alvo fácil de medidas restritivas, quando é notório que a contaminação ocorre em outros ambientes que geram aglomeração de pessoas, como festas e eventos particulares”.
“Não é justificável e nem útil o pequeno comércio permanecer fechado, quando outros setores estão de portas abertas”.
“A indústria permanece em plena atividade, com uso de banheiros coletivos, refeitórios, compartilhamento de peças, ferramentas e máquinas pelos funcionários. Evidentemente, o comércio é aliado e não vilão na pandemia”.
Toque de recolher
A entidade sugere ainda a adoção do toque de recolher das 20h até as 6h, para as próximas duas semanas (até 21/03), mantendo a limitação de ocupação de 25% para o comércio, restaurantes, indústria, transporte coletivo, dentre outros.
“Caso as medidas acima isoladamente não venham a atender o objetivo de frear o avanço do coronavírus, sugerimos a adoção das mesmas em sequência, iniciando-se com o lockdown total até dia 14/03, e prosseguindo com a medida de toque de recolher e restrição de ocupação até o dia 28/03, sempre sujeitas a revisão conforme o andamento”, finaliza o comunicado.