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Eleição de Biden tende a favorecer Santa Catarina, diz Fiesc

Foto: Andrew Harnik/AP

Por: Pedro Leal

08/11/2020 - 09:11 - Atualizada em: 08/11/2020 - 09:50

A eleição do Democrata Joe Biden à presidência dos Estados Unidos tende a ser favorável à Santa Catarina, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mário Cezar de Aguiar, embora as pressões políticas quanto à área ambiental possam trazer impactos negativos. Isto por conta da tendência protecionista das políticas comerciais do atual presidente, o republicano Donald Trump, que prejudicaram exportações brasileiras, apesar de uma proximidade retórica entre o republicano e Jair Bolsonaro – que não teria se refletido nas relações de fato.

“A reeleição de Trump representaria a manutenção da política em curso. Apesar da retórica de proximidade, o Brasil tem sentido na pele os efeitos das medidas antidumping adotadas pelo atual governo americano. O tom amigável facilita o relacionamento, mas nossas exportações de aço e alumínio, por exemplo, tiveram suas cotas reduzidas”, nota o empresário, destacando que sendo confirmada a eleição de Biden, um aspecto favorável é a tendência de restabelecimento do livre comércio, do multilateralismo e da participação americana nos organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio.

“Os Estados Unidos são um dos maiores parceiros comerciais de Santa Catarina. De janeiro a setembro deste ano, embarcamos para lá praticamente US$ 1 bilhão em madeira, obras para carpintaria, móveis, partes de motor, entre outros. É o segundo principal destino das nossas exportações. Por isso, as eleições presidenciais norte-americanas são muito importantes para o estado”, afirma Aguiar.

Se confirmada a eleição de Biden, o governo brasileiro tende a sofrer pressão em relação a questões como a ambiental e dos direitos humanos. Eventuais restrições aos embarques brasileiros poderiam afetar Santa Catarina, pois os EUA são bastante atrativo para os produtos catarinenses e todas as empresas que querem se internacionalizar miram o mercado americano.

“Mas temos a expectativa de que, como em qualquer relação entre governos, o contato se paute pela preservação dos interesses de cada nação. Como Brasil e Estados Unidos são economias fortes, precisam encontrar formas equilibradas e harmônicas, mantendo uma boa aproximação e trabalho conjunto”, ressalta.

Independentemente dos governos, as relações empresariais se mantêm. “A Fiesc participa ativamente do Conselho Empresarial Brasil – Estados Unidos, cuja agenda está voltada a medidas facilitadoras do comércio, como redução da burocracia e melhoria no trânsito de mercadorias nos regimes aduaneiros, aspectos em que tem havido progresso nas últimas semanas com a assinatura de um novo acordo”, assegura Aguiar.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).