A retomada da geração de emprego em meio à pandemia da Covid-19 tem priorizado a mão de obra qualificada. É o que aponta uma avaliação do perfil de vagas abertas na agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Jaraguá do Sul.
Segundo o secretário de desenvolvimento econômico do município, Neivor Bussolaro, das cerca de 400 vagas oferecidas pela agência nos últimos dois meses, apenas 15% dispensavam algum nível de experiência.
“A demanda tem sido primariamente para cargos de nível médio, para trabalho na indústria, com demanda imediata – o que tem resultado em cargos que exigem experiência”, comenta.
Algumas empresas têm oferecido cursos de qualificação cobrados apenas após o vínculo empregatício, para facilitar a qualificação da mão de obra.

Foto Divulgação
“Neste momento, as vagas para o primeiro estão em baixa. As empresas dão preferência para contratar pessoas que já estão qualificadas para o cargo disponível”, explica.
Segundo o secretário, já há sinais de recuperação tanto na abertura de vagas – com o primeiro resultado positivo do Caged no último mês – e na abertura de empresas, mas a qualificação se torna essencial, exigindo que o trabalhador se prepare e estude para se movimentar com mais tranquilidade no mercado de trabalho.
Movimento pela qualificação profissional
As entidades empresariais têm buscado meios de abordar essa tendência. Estratégias para seguir qualificando profissionais foram debatidas durante reunião virtual do Conselho de Governança do Movimento Santa Catarina pela Educação, no fim de agosto.
Conduzido pelo presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, o encontro abordou o novo ciclo do Movimento, que passará a qualificar trabalhadores desligados durante a pandemia para a recolocação no mercado de trabalho.
Além dos conselheiros, vice-presidentes da Fiesc também acompanharam a reunião.
O diretor de educação e tecnologia da Fiesc, Fabrizio Machado Pereira, apresentou o reposicionamento do Movimento, que concentrará sua agenda na qualificação de profissionais desligados para a inclusão deles no mercado de trabalho.
“A importância do Movimento é inequívoca e, por influência da pandemia e de olho no período pós-pandemia, vamos nos concentrar em uma agenda pragmática com foco nas empresas e no trabalhador, com educação voltada ao mundo do trabalho, para a reinvenção da economia”, salientou.
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