O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.
O PIB caiu 11,4% na comparação com o segundo trimestre de 2019. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série, iniciada em 1996.
No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
O resultado desastroso para a economia vem antes do Brasil recuperar as perdas da última recessão, de 2014-2016.
De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Roque Palis, o resultado faz a economia nacional voltar ao estado que tinha ao final de 2009, no auge dos impactos da última crise econômica global.
A crise foi provocada pela onda de quebras na economia americana durante a crise dos subprime – crise financeira desencadeada em 24 de julho de 2007, motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco (em inglês: subprime loan ou subprime mortgage), prática que arrastou vários bancos para uma situação de insolvência e causou consternação nos mercados financeiros internacionais.
No 1º trimestre, a economia já tinha regredido ao patamar de 2012. Nos últimos 3 meses, o PIB brasileiro andou 3 anos para trás.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esta é a queda mais intensa desde que o IBGE iniciou os cálculos do PIB trimestral, em 1996, superando em mais de duas vezes o maior recuo trimestral, no 4º trimestre de 2008, quando a economia recuou 3,9%.
“Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, informou o IBGE no comunicado oficial.
No primeiro semestre de 2020, o PIB caiu 5,9% em relação a igual período de 2019. Nesta comparação, houve desempenho positivo para a Agropecuária (1,6%) e quedas na Indústria (-6,5%) e nos Serviços (-5,9%).
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2020 totalizou R$ 1,653 trilhão, sendo R$ 1,478 trilhão em Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 175,4 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
PIB por setor
- Serviços: -9,7% (queda recorde)
- Indústria: -12,3% (queda recorde)
- Agropecuária: +0,4%
- Indústria da transformação: -17,5%
- Indústria extrativa: -1,1%
- Construção civil: -5,7%
- Consumo das famílias: -12,5% (queda recorde)
- Consumo do governo: -8,8%
- Investimentos: -15,4%
- Exportação: +1,8%
- Importação: -13,2%
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