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Até que ponto os pensamentos e as palavras têm poder de destino?

Por: Luiz Carlos Prates

19/09/2017 - 11:09

Até que ponto os pensamentos e as palavras têm poder de destino, de fazer destinos e de nos encaminhar para um “destino”? Há pessoas que acham graça, ora, já se viu pensamento ou palavras ter força, ora bolas… Pensam assim e vivem… mal. Vivem mal porque quem não acreditam na força dos pensamentos e das palavras. E não pense que são apenas os iletrados que rejeitam a ideia da força dos pensamentos e das palavras. Há muitos intelectuais (pobres bichos) que confundem suas leituras com sabedoria. Esses tipos, por maioria, costumam ser bestas quadradas. Já fui longe, agora conto o fato.

Esse cidadão, protagonista da nossa conversa de hoje, “exercia” (verbo no passado…) uma atividade de alto risco. E temia por isso. Nos últimos dias dizia aos amigos que andava esgotado, cansado, inseguro e que “sabia” que estava na fila… Na fila para morrer. Morreu. Recebeu o tiro que temia..

Como ele andava repetindo essa pessimista história para os amigos, alguns levaram o fato da morte dele à “coincidência”, não foi coincidência. Foi ou desejo inconsciente ou resultado dos pensamentos e das falas. Sei que muita gente encrespa o cabelo quando ouve alguém dizer isso que estou dizendo.

Aliás, Freud deixou claro que a terapia psicanalista não era para qualquer pessoa, sem um bom tanto de sensibilidade e percepção, a psicanálise não funciona. A psicanálise atua sobre os processos inconscientes da mente, aqueles que nos regem a vida sem que deles tenhamos consciência. Uma espécie de “piloto automático”, um piloto que funciona para mais ou menos 97% do que somos e fazemos depois dos 5 ou 6 primeiros anos de vida…

O Papa Pio XII escandalizou a muitos dos seus admiradores quando disse que “O temido é o inconscientemente desejado”. Frase psicanalítica, psicologia das profundezas da mente humana. Mas é isso mesmo. Muito do que tememos, desejamos… Como se explica? Vem desse “mistério” os fundamentos da psicanálise.

O cidadão, esse da morte trágica, vivia dizendo que estava na fila… E o que significa estar na fila? Que iria morrer em breve. Morreu. Esse tipo de pensamento e de palavras levam o nosso inconsciente a viabilizar um modo de realizar o “desejo”. Não se brinca com palavras, não se alimenta pensamentos pesados, ruins, não se acalenta temores. O inconsciente é “burro” e servil, ele trata de cumprir as “ordens” do que pensamentos e do que dizemos, ainda que digamos por brincadeira… Em psicologia não existem brincadeiras. Que pena, estava na fila… E foi morto, como previra…

Fato

Muitas vezes rezamos, pedimos favores ao nosso “santo”, fazemos mandingas de todo tipo e… esperamos pelo resultado. Vem o resultado e nada deu certo. Por quê? Não foram os santos que falharam, foi a falta de fé. No fundo, no fundo a pessoa duvidava, será, será, será? Não podia dar certo. Vem daí a raridade dos “milagres” entre nós…

Falta dizer

“Vou passar no concurso, vou ser aprovado no Vestibular, vou casar com a Fulana, vou conseguir o emprego, vou, vou e vou… Essa fé/certeza e um balde de água benta (suor) produzem todos os milagres…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.